Como tudo começou

25/10/07

Procuram-se novos artistas


As tardes infantis de Artes Plásticas inauguradas no passado Dia da Criança vieram para ficar. Duas horas e meia de intensa criação artística e puro divertimento! Traga os seus filhos! Sábado dia 27 de Outubro das 15h às 17h30 no Salão Nobre da SIMECQ com entrada livre.

19/10/07

Piano em Oeiras

“Premiar a excelência” é o título de uma série de concertos de piano promovida pela Câmara Municipal de Oeiras e protagonizados pelos laureados do Concurso Internacional de Música Vianna da Motta (Fundação presidida pelo Professor Sequeira Costa).
Depois de, no passado sábado, o pianista Paulo Oliveira ter seduzido o público que se deslocou ao auditório de Carnaxide será a vez de Eleonora Karpoukova (vencedora do Concurso de 2004) subir ao mesmo palco para encantar com obras de Beethoven, Scarlatti, Tchaikovsky e Prokofiev.

Data/Hora: 20 DE OUTUBRO, SÁBADO – 21h30
Local: Auditório Municipal Ruy de Carvalho – CARNAXIDE
Evento: Concertos "PREMIAR A EXCELÊNCIA"
Laureados do Concurso Vianna da Motta (Prof. Sequeira Costa) 2004

Programa:

Beethoven
Sonata em Ré Menor op. 31 no. 2
Scarlatti
Sonata em Ré Menor K 141
Sonata em Fá Menor K 466
Sonata em Ré Maior K 430
Sonata em Fá Maior K 525
Intervalo
Tchaikovsky
Peças op. 72 nºs 1, 5 e 6
Variações, Op. 19
Prokofiev
Sonata no. 2 op. 14

Intérprete: ELEONORA KARPOUKOVA (piano)

Entrada Livre, com entrega de senhas uma hora antes do início do espectáculo.

Informações: CMO – Sector de Acção Cultural 214 408 565 / 214 408 524
Auditório Municipal Ruy de Carvalho 214 175 208

16/10/07

"Nova geração de pintoras na Galeria JN"


“As suas pinturas tomam conta, a partir de hoje, na Galeria JN. Trata-se de uma mostra colectiva de sete jovens artistas - Diana Costa, Isabel Carvalho, Isabel Padrão, Joana da Conceição, Joana Rego, Nazaré Alves e Rita Carreiro - que, para além de serem mulheres, têm um passado comum foram todas alunas da Faculdade de Belas-Artes da Universidade do Porto (FBAUP).
Nesta exposição, a que foi dada o título "Um sexto sentido", a pintura é a disciplina reinante e empregue em cada uma das obras.
(…)
Diana Costa, uma das pintoras presente na mostra, adianta que as suas obras pretendem revelar "nas suas apresentações de forma e ideias, uma aproximação directa aos materiais do real exterior e são espaços para habitar e objectos para utilizar". Diana Costa admite "considerar os trabalhos como uma mensagem visual composta de diversos tipos de signos e equivale a considerá-los como um discurso e, portanto, como uma ferramenta de expressão e comunicação".
(…)
Para Isabel Carvalho a obra representada aqui, surgiu, naturalmente após algumas reflexões sobre o espaço urbano, nomeadamente as lojas e considera que "é a utilidade que me faz feliz e sentir gratidão por tudo e todos que me disponibilizaram este material. Vou lá colar peças - não vou apenas reinventar a minha infância. São peças que vão voltar à vida, mas com um sentido diferente, em forma de arte".
(…)
"Obra para surpreender" "Importa-me a obra como organismo capaz de me surpreender, construindo e destruindo até encontrar o ponto subjectivo em que o trabalho se pareça conseguir por si, completo ou bastante, como uma satisfação que alcance sem, no entanto, ser satisfação suficiente para algum dia parar de pintar", afirmou Isabel Padrão.
(…)
Joana Conceição, autora da série "Australia", refere que "Australia instala-se entre o conhecimento e o desejo. A Austrália (diferente de Australia), porque está tão longe ou porque está fora, ou porque é irredutível, escapa-me(...)".
(…)
Joana Rêgo sublinha que nesta sua nova série, "a metáfora "jogo" vai-se assumindo pouco a pouco não só como distracção, mas como risco, desafio". Um desafio, diz Joana Rêgo, "de mudar, o desafio de um jogo no qual estaremos prontos a entrar e cujas regras e objectivos gostaríamos feitas à nossa medida, no entanto, se tal não acontece, tentaremos jogá-lo da melhor maneira possível. No jogo há o factor sorte, astúcia, calma, paciência. Perder e ganhar."
Para Nazaré Alvares os quadros apresentados "resultam de alguma depuração, em termos compositivos, de trabalhos de fases anteriores, em que a saturação de imagens e palavras (também elas imagens), numa associação alheia à lógica do espaço tridimensional e das proporções relativas, remetiam para o "non sense" e impossibilitavam a fuga a um olhar preponderantemente pictórico, pela aproximação à abstracção de certas soluções".
Rita Carreiro, outras das artistas presentes, considera que "as viagens frequentes para conhecer e experimentar, levam a uma eventual produção artística, onde se vai encontrar e exprimir a interpretação pessoal da paisagem em si".
(…)
Sublinhe-se que "Um sexto sentido" (…) na Galeria JN, no Porto, (…)estará patente ao público a partir de amanhã e até ao dia 25 de Novembro.

Excertos do JN online –Agostinho Santos

15/10/07

Cultura para todos

Não só para os "Shuffle Progression" mas para outros artistas da "nossa terra" - pintores, músicos, doceiros, fica o apelo: contactem a SIMECQ!

O nosso e-mail para estas coisas da Cultura é simecq.cultura@gmail.com

Deixem também o vosso contacto de e-mail e telefone para mais fácil resposta!

Depende também da vossa iniciativa e colaboração a qualidade e diversidade da oferta cultural desta casa de todos os cruz quebradenses, oeirenses e portugueses em geral, sem posições hierárquicas definidas.

Abraços
Miguel Félix

Convido a conhecer...

SALVADOR DALI

Um grupo de amigos, no qual me incluo, resolveu ir até ao Porto, ao Palácio do Freixo, com o intuito de visitar a exposição de obras deste “Monstro Sagrado” das Artes. O tempo esteve favorável, a disposição de todos também e o interesse que nos levava a fazer esta viagem era igualmente aliciante.
Tive já oportunidade de visitar em Figueras, Espanha, o Teatro-Museo Dalí onde, creio, se encontra o núcleo principal da sua obra. Este Museu, instalado num antigo teatro municipal, foi escolha do artista porque ali fizera, 56 anos antes, a sua primeira exposição. Ele mesmo orientou (já quase com 70 anos) a remodelação do edifício e a instalação das suas peças . Veio depois a inaugurá-lo em 23 de Setembro de 1974. A sua ligação a este museu foi tão forte que pediu mesmo para ali ficar sepultado, o que veio a acontecer em Janeiro de 89.
Como é evidente não irei fazer comparação entre o que vi em Figueras e o que está, agora, nesta mostra no Porto. Aqui temos 285 peças, provenientes da “Fondazione Metropolitana de Milão, e algumas da Colecção Clot, entre esculturas , desenhos e quadros originais. Temos oportunidade de ver, especialmente, conjuntos de ilustrações que ele fez para “Fausto”, “Tricórnio”, “Gargântua” e “Pantaguel” e ainda para “A Bíblia Sagrada”. Destacarei destes, como preferência pessoal, o conjunto das 105 litografias referentes à Bíblia Sagrada.
Os inúmeros passos da História Sagrada, por demais conhecidos de todos nós, reproduzidos de milhentas formas por outros artistas consagrados, aparece-nos aqui, na interpretação de Dali, com uma frescura e originalidade inigualáveis. Aquela imaginação era realmente imparável. Se me fosse dado escolher seria esta colecção que eu traria comigo.
As esculturas, todas em bronze, algumas em tamanho bastante grande, são todas elas feitas pelo sistema de cera perdida. Isto, explicado resumidamente significa que, a partir do original é feito um molde em gesso, barro etc. que depois se reveste de cera. Sobre esta é colocado novo gesso o que faz um contra-molde. Por aquecimento faz-se desaparecer a cera. Entre os dois gessos fica assim um espaço que vem a ser preenchido com metal em fusão. O resultado é uma escultura leve (a espessura é a da cera) e com a forma exacta do original criado pelo artista.


Imagem d' "A Bílblia Sagrada" por Salvador Dali


Idem

A quem me lê, gostaria de ter despertado o desejo de se deslocar também a esta exposição e usufruir igualmente do prazer de contemplar um poucochinho do muito que Dali nos deixou. Termino com uma das suas polémicas frases:

“A diferença entre mim e os loucos, é que eu não sou louco!”

M.A.

09/10/07

127 anos?

Pois é! A SIMECQ está de parabéns, é que hoje completam-se os seus 127 anos de existência. Parece que vai haver umas novidades no fim de semana: fiquem atentos...

Abraços
MF

03/10/07

Comentários

Ainda antes do relatório da nossa última exposição, não resistimos em transcrever alguns comentários dos nossos amigos mais pequenos, a saber:

"Gostei de todos os quadros mas ostei mais do quadro que parece o castelo da princesa. Jacinto"
Supomos referir-se a um dos trabalhos em seda da Yvonne.

"Na minha opinião eu acho que a exposição muito gira. Mauro, 11 anos"

"Eu gostei muito de um quadros que me lembram a noite e outro que é ma casa perto da minha rua. Rodrigo, 9 anos"
As que lembram a noite são as pinturas da Ana, a casa foi pintada pela Francisca.

"Eu gostei muito dos coadros. Pedro, 11 anos"
Hmm... este elogio foi para todos.

"Gostei muito do da lua da Ana. António, 11 anos"
Ana ao rubro.

"Eu gostei do desenho da segonha adorei ficai muito encantada com aque desenho. Liliana, 9 anos, 4º ano"
Yvonne a marcar pontos novamente, junto da pequenada.

"Eu gosta dos desenhos dos cavalos e tenho 10 anos e ando no 4º ano e chamo-me Catarina (...). Catarina, 10 anos"
Hat-trick da Yvonne...

Temos de dar um toquezinho no português mas fica um grande abraço para todos eles!

AC e MF

01/10/07

Convido a conhecer...

Victor Vasarely

É vulgar ouvir-se dizer que o acaso nos prega partidas. Ora hoje, eu digo justamente o contrário. Foi mesmo por acaso que me chegou às mãos uma biografia de Victor Vasarely e, depois de a ler e olhar algumas das suas obras, rendi-me à sua arte. Porque desejo partilhar com quem me lê, este mesmo gosto, falarei um pouco sobre esta personalidade:
Este artista nasceu no dia 9 de Abril de 1906 em Pécs na Hungria. A par dos estudos básicos aprendeu também desenho e pintura tradicional. Iniciou mais tarde um curso de medicina que logo abandonou, porque decidiu enveredar pela arte. É numa escola fundada por Alexander Bortnyik, um dos pioneiros da arte húngara de cartazes publicitários, que Vasarely escolhe então o rumo da sua carreira, entrando no desenho abstracto.
Em 1930 vai para Paris começando a desenhar para importantes empresas publicitárias e, rapidamente vê reconhecido o seu valor. Mas a sua inspiração leva-o já a explorar os efeitos ópticos, fazendo experiências na composição, na luz e sombra, no uso de materiais e cores variados e ainda na distorção de imagem. Explora também a “bi” e a tridimensionalidade. Enfim, a linguagem visual foi por ele estudada nas suas múltiplas formas.
Em 1947 digamos que se desinteressa do que fez até aí e começa aquilo que denominou de abordagem ao construtivismo e abstracção geométrica.
No início da década de 50 já avalia também as possibilidades que a fotografia lhe pode proporcionar e, cada vez mais, consegue que o espectador dos seus trabalhos se envolva neles e descubra por si próprio uma diversidade infinda de formas ópticas. Digamos que, quem olha as suas obras, toma parte activa nas mesmas e, nelas vai descobrir uma quase multidimensionalidade. Quer empregue a cor, quer se fique pelo preto e branco a perspectiva surge também como um verdadeiro tratado.
Já na década de 60/70 cria uma série de obras, semelhantes a “puzles”, de coloridos fortes, nos quais joga também com efeitos “dégradé” muito bonitos. Somos transportados a um mundo onde formas, umas vezes cúbicas outras vezes côncavas e convexas, se conjugam entre si numa perfeita harmonia de cor e linhas. São como jardins de mistério, pelos quais a imaginação divaga ultrapassando, quem sabe, os limites do impossível... É também nesta altura, que aparecem trabalhos seus, integrados na moderna arquitectura, em azulejo e metal por exemplo.
Há uma Fundação com o seu nome em Aix-en-Provence, inaugurada em 1976. O objectivo desta é promover a investigação e realização da sua visão arquitectónico-urbanista. Aí estão expostas também 42 peças de parede, em grande escala. A casa onde nasceu é hoje igualmente um museu…
Em 14 de Março de 1997, com 91 anos, morre em Paris.
Como é evidente esta é uma abordagem muito sucinta. Com ela ficam reproduções de algumas das suas criações que pretendem apenas ser um convite, a si que me lê, para ir em busca de toda a arte que Vasarely nos deixou.


Torony-N, 1970
Acrílico sobre tela, 120 x 79,5 cm
Colecção particular



Vega-Arny, 1972
Acrílico sobre tela, 100 x 100 cm
Colecção particular


M.A.
Sociedade de Instrução Musical e Escolar Cruz Quebradense

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