Como tudo começou

16/10/07

"Nova geração de pintoras na Galeria JN"


“As suas pinturas tomam conta, a partir de hoje, na Galeria JN. Trata-se de uma mostra colectiva de sete jovens artistas - Diana Costa, Isabel Carvalho, Isabel Padrão, Joana da Conceição, Joana Rego, Nazaré Alves e Rita Carreiro - que, para além de serem mulheres, têm um passado comum foram todas alunas da Faculdade de Belas-Artes da Universidade do Porto (FBAUP).
Nesta exposição, a que foi dada o título "Um sexto sentido", a pintura é a disciplina reinante e empregue em cada uma das obras.
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Diana Costa, uma das pintoras presente na mostra, adianta que as suas obras pretendem revelar "nas suas apresentações de forma e ideias, uma aproximação directa aos materiais do real exterior e são espaços para habitar e objectos para utilizar". Diana Costa admite "considerar os trabalhos como uma mensagem visual composta de diversos tipos de signos e equivale a considerá-los como um discurso e, portanto, como uma ferramenta de expressão e comunicação".
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Para Isabel Carvalho a obra representada aqui, surgiu, naturalmente após algumas reflexões sobre o espaço urbano, nomeadamente as lojas e considera que "é a utilidade que me faz feliz e sentir gratidão por tudo e todos que me disponibilizaram este material. Vou lá colar peças - não vou apenas reinventar a minha infância. São peças que vão voltar à vida, mas com um sentido diferente, em forma de arte".
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"Obra para surpreender" "Importa-me a obra como organismo capaz de me surpreender, construindo e destruindo até encontrar o ponto subjectivo em que o trabalho se pareça conseguir por si, completo ou bastante, como uma satisfação que alcance sem, no entanto, ser satisfação suficiente para algum dia parar de pintar", afirmou Isabel Padrão.
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Joana Conceição, autora da série "Australia", refere que "Australia instala-se entre o conhecimento e o desejo. A Austrália (diferente de Australia), porque está tão longe ou porque está fora, ou porque é irredutível, escapa-me(...)".
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Joana Rêgo sublinha que nesta sua nova série, "a metáfora "jogo" vai-se assumindo pouco a pouco não só como distracção, mas como risco, desafio". Um desafio, diz Joana Rêgo, "de mudar, o desafio de um jogo no qual estaremos prontos a entrar e cujas regras e objectivos gostaríamos feitas à nossa medida, no entanto, se tal não acontece, tentaremos jogá-lo da melhor maneira possível. No jogo há o factor sorte, astúcia, calma, paciência. Perder e ganhar."
Para Nazaré Alvares os quadros apresentados "resultam de alguma depuração, em termos compositivos, de trabalhos de fases anteriores, em que a saturação de imagens e palavras (também elas imagens), numa associação alheia à lógica do espaço tridimensional e das proporções relativas, remetiam para o "non sense" e impossibilitavam a fuga a um olhar preponderantemente pictórico, pela aproximação à abstracção de certas soluções".
Rita Carreiro, outras das artistas presentes, considera que "as viagens frequentes para conhecer e experimentar, levam a uma eventual produção artística, onde se vai encontrar e exprimir a interpretação pessoal da paisagem em si".
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Sublinhe-se que "Um sexto sentido" (…) na Galeria JN, no Porto, (…)estará patente ao público a partir de amanhã e até ao dia 25 de Novembro.

Excertos do JN online –Agostinho Santos

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Sociedade de Instrução Musical e Escolar Cruz Quebradense

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