Como tudo começou

22/07/08

XADREZ

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Um tabuleiro com 64 quadrados, alternadamente brancos e pretos, 32 peças e dois jogadores, é o que necessita para um bom jogo de xadrez.

José Manuel da Silveira jogou xadrez durante anos, “nunca como federado”, apenas por divertimento. Por ser um apaixonado pelo tema, foi quando deixou de jogar que iniciou a sua colecção. Há cerca de 30 anos que procura e escolhe tudo o que tenha referência xadrezista, por mais pequena que seja.

Descobriu este jogo “deveria ter uns 11 anos”, numa das idas ao Café Paladium, em Lisboa, onde todos os domingos lanchava com a família. Na cave jogava-se xadrez. Encantado e curioso com este passatempo de paciência e táctica, quis saber como se jogava. Quando lhe indicaram as peças, percebeu, inocentemente, que se chamavam “espiões” em vez de “peões” o que lhe fazia perfeito sentido…”iam à frente de todos os outros para apalpar terreno”.

Desde que se entra em sua casa encontram-se “sinais”, “pistas”, de um trilho a seguir: na sala, no corredor, até chegar ao seu escritório vislumbram-se tabuleiros, peças e objectos de colecção. Espalhadas pelas paredes, gravuras, quadros, desenhos. Ainda sobre o mesmo motivo tem artigos meticulosamente expostos em vitrinas, dossiês volumosos recheados de postais, ex-libris, emblemas, fotografias, tiras de banda desenhada, cartões telefónicos, peças de várias nacionalidades. Além disso, é possuidor de uma colecção de selos relacionados com o xadrez que já foi premiada internacionalmente.

Regalado com o seu espólio, J.M. da Silveira apresenta-nos uma cigarreira de prata onde está inscrito “Prémio do Grémio Literário de 1910: Oferecido pela Condessa do Prado para a jogada mais brilhante”. Espalhados por inúmeras prateleiras ao longo da casa livros e mais livros, entre eles duas “relíquias” para os apreciadores do tema: “Tratado do jogo do xadrez”, edição de 1825 e “O Jogo Real” de Alfredo Ansura datado de 1910, duas notáveis compilações de regras, tácticas e explicações. O jogo do xadrez é antiquíssimo e, embora os princípios se mantenham inalteráveis, encontram-se variações históricas e regionais em todo o mundo.

Existem várias teorias ligadas à sua origem. Há quem diga ser proveniente da Índia, outros que começou na China, Japão, Egipto ou Península Ibérica. A primeira hipótese parece ser a mais credível, porque as referências mais antigas datam do Sec VII e remetem para o norte da Índia. Além disso o seu nome é originário do sânscrito chaturanga que quer dizer ala militar.

Com o objectivo de “capturar” o rei do adversário ou defender o seu, são, por vezes longas as horas em que o jogo decorre. Estratégico e complexo para quem aprecia uma batalha a dois.

Fotos e texto da revista do Club do Coleccionador.
M.A.

4 comentários:

Anónimo disse...

Se eu hoje não tivesse o meu dia tão ocupado, esta seria uma boa ideia.
Gosto muito de jogar xadrez.

Anónimo disse...

Esteja à vontade, menina!
Mas, para já, trate das "tarefas" que tem em mãos e deixe o xadrez para os serões de Inverno!

Borboleta disse...

Sabem quem gosta bastante de jogar xadrez? O meu filhote de 7 anos!

Eu tive que aprender a jogar para lhe ensinar a ele porque ele queria jogar!

Beijinhos

Anónimo disse...

Não sei jogar xadrês, mas gosto imenso da variedade de tabuleiros e de peças que constituem este jogo. Há de todos os materiais, desde marfim, madeira exótica, cristal, estanho, etc. Talvez um dia me tente a comprar um.

Sociedade de Instrução Musical e Escolar Cruz Quebradense

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