Como tudo começou

31/10/08

CANECAS ANTROPOMÓRFICAS


É cada vez mais amplo e frequente o reconhecimento das muitas e variadas importâncias do coleccionismo como actividade lúdica, forma de investimento, agente de conhecimentos e factor de criatividade e disciplina.

Há contudo, outra vertente pouco realçada, talvez porque menos óbvia: as saudáveis cumplicidades e o crescente entrosar das relações familiares e de amizade que gera a infinda construção de uma colecção. Amiúde, torna-se motivo de interesse e orgulho de familiares, amigos e conhecidos.

Um dos exemplos mais flagrantes, é o de Maria de Fátima e Augusto de Campos. Quiçá porque já perfilhavam o gosto pelo coleccionismo e por testemunhos do passado, hoje, quando se referem a qualquer das suas originais e até valiosas colecções, se um é entusiasta o outro “abusa” e vice-versa.


“Foi por volta de 1970 que começamos esta colecção e de início não era mais que a vontade e o gosto de ter uma peça invulgar da tradição ceramista portuguesa, que sempre nos entusiasmou muito”, recorda o casal. Basta dizer que já coleccionavam faianças de Coimbra.

“Numa Feira de S. Mateus, em Viseu, deparamos com uma destas canecas, que nos agradou imenso. Era de um oleiro de Barcelos, como de resto são quase todas. Mais adiante encontramos outra que parecia ‘ piscar-nos o olho’. Bom, anos passados, temos cerca de 70 ‘esculturas’, embora se torne cada vez mais difícil enriquecer a colecção porque, como agora ninguém as fabrica, além de serem vendidas a preços elevadíssimos, é raro descobrirmos uma peça que ainda não temos.”

Excerto e fotos de um artigo, não assinado, da revista do Club do Coleccionador.

M.A.

30/10/08

A Roda dos Alimentos é uma representação gráfica, criada pelos portugueses em 1977 no âmbito da Campanha de Educação Alimentar "Saber comer é saber viver", que ajuda a escolher e combinar os alimentos que deverão fazer parte da alimentação diária.É um símbolo em forma de círculo que se divide em segmentos de diferentes tamanhos que se designam por Grupos e que reúnem alimentos com propriedades nutricionais semelhantes. Mas, em muitos outros países a roda dá lugar à pirâmide dos alimentos, que na opinião dos especialistas nacionais não representa aquilo que deve ser uma alimentação saudável, ou seja, completa, equilibrada e variada. É que a pirâmide hierarquiza os alimentos, dando assim mais importância a uns que a outros. E isto não está correcto, pois deve-se dar igual importância a todos os alimentos.A evolução dos conhecimentos científicos e as diversas alterações na situação alimentar portuguesa conduziram à necessidade da sua reestruturação. A nova Roda dos Alimentos agora apresentada mantém o seu formato original, pois este é já facilmente identificado e associa-se ao prato vulgarmente utilizado. Foram ainda objectivos desta reestruturação a promoção dos valores culturais e sociais dos portugueses ao promoverem-se produtos tradicionais como o pão, o azeite ou as hortícolas. Além disso, foram considerados objectivos pedagógicos e nutricionais. A nova versão subdivide alguns dos anteriores grupos e estabelece porções diárias equivalentes, para além de incluir a água no centro desta nova representação gráfica.ConstituiçãoAntigaExistiam 5 grupos de alimentos sem indicação das porções recomendadas por dia. Os grupos de alimentos eram os seguintes:


A roda dos alimentos actualÉ composta por 7 grupos de alimentos de diferentes dimensões, os quais indicam a proporção de peso com que cada um deles deve estar presente na alimentação diária:


Embora não possuindo um grupo próprio, a água assume a posição central na nova roda dos alimentos. Por ser um bem tão essencial à vida, recomenda-se o seu consumo diário na ordem dos 1,5 a 3 litros.

Wikipedia

28/10/08

JOSÉ FRANCO, OLEIRO DO SOBREIRO

(Clique para ampliar)


A esta pergunta:
Mas isso de ser oleiro é assim tão especial?”
A resposta veio deste jeito:
Para mim é, porque sou um oleiro de peças únicas. Começo todas as peças à base de um tronco de barro que transformo numa espécie de ânfora. Nunca trabalhei com moldes ou qualquer outro artifício. Na ânfora de base, modelo o corpo principal, digamos a figura nua. Depois, preparo uma massa de barro delgadinha e corto-a como se fosse fazenda. Então, com paciência, visto a peça tal como um alfaiate cose as diversas partes dos fatos. Intimamente canto e assobio, enquanto lhe coloco um capote, um manto, um capuz, um livro, uma cruz, uma flor. As flores nunca faltam no meu trabalho. Ainda esta noite me saiu das mãos uma Santa, para mim tão bonita, que até parecia que a ouvia espalhar a música que eu cantava, enquanto a criava. Às vezes acontece, cria-se uma harmonia perfeita, entre os céus, eu e a peça.
A minha matéria prima é o barro, de que Deus se serviu para criar o homem

Isto é um pequeno mas expressivo excerto do livro que João Castro Osório escreveu, “José Franco, A Razão de um sonho”.
Palavras simples de um homem que também o é. Nascido no Sobreiro, Mafra, em 1920, José Silos Franco, filho de pais pobres, oleiros de profissão, que daí tiravam o parco sustento para o rancho de 16 filhos que lhes nasceu.
Também ele, segundo me contou um dia, de viva voz, começou a trabalhar o barro muito criança, não lhe interessando fazer as peças vulgares de loiça, mas sim, já modelar uns tantos bonecos, que chamaram a atenção, em primeiro lugar, da sua professora primária.
Aquando da Exposição do Mundo Português (1940) veio participar nela e, com o dinheiro que lhe renderam as peças que trouxe, comprou uma bicicleta, cuja marca tenho pena de não me recordar, mas que, seria considerada na altura já de um certo luxo e destaque. Acrescentou sorrindo, que, na aldeia, até duvidaram que a bicicleta tivesse sido realmente comprada por si!
Por volta de 1945, José Franco começou a sonhar com a Aldeia Saloia que construiu à roda da sua habitação. Ali veio a fazer um museu popular que englobou tudo quanto dizia respeito à vida do princípio do Sec. XX , com habitações rurais, lojas de pequeno comércio, oficinas artesanais, etc..
Enfim, uma viagem no tempo, ajudada pelo que a sua memória de infância lhe recordava e que ele decidiu preservar. Quem é que ainda lá não foi, ou, pelo menos ouviu falar nela? Quem sabe se a virei mostrar aqui num dia próximo?
O seu talento rompeu fronteiras e os seus barros estão hoje espalhados pelos quatro cantos do mundo.
Lembrei-me de vos falar hoje deste homem simples e bom, que mostra um semblante transbordante de paz, como já é raro encontrar-se, à nossa volta.
Pietà 1983
Senhora do Ó 1998
Burros a bricarem 1988
Saloia anos 70
Última Ceia 1962
(Fotos do livro atrás mencionado)

M.A.

27/10/08

COLECCIONAR CADEADOS

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Todos os coleccionadores são agarrados às suas colecções, mas, quanto a Pina Ferreira é caso para dizer que está “preso” às suas peças, pois o seu interesse é juntar… cadeados.

Religiosamente, desde há muitos anos, vai todos os sábados escarafunchar a Feira da Ladra e outros adeleiros à procura dessas fechaduras móveis que dão descanso àqueles que gostam de guardar em segurança os seus segredos e valores.














Entre as peças desta interessante colecção, se algumas serviram presumivelmente para pôr cartas de amor a recato de olhares curiosos, outras foram utilizadas em séculos passados, para sujeição de escravos ou de prisioneiros.

Por exemplo, a “estrela da companhia”, constituída por mais de uma centena de peças, é, no dizer de Pina Ferreira, um cadeado enorme, idêntico ao que aparece a acorrentar o pescoço de algumas personagens do conhecidíssimo quadro “O Inferno”, de autor anónimo, da Escola Portuguesa da primeira metade do séc. XVI, que se encontra no Museu de Arte Antiga, em Lisboa.
Todos os cadeados funcionam e a grande sedução deste coleccionador é descobrir o segredo destas fechaduras. “Às vezes demoro uns minutos, mas, noutros casos posso demorar vários dias”.

Excerto de artigo e fotos publicados na revista do Club do Cleccionador.

Nota da autora do post:- Na Beira Litoral chamamos a estes objectos “aloquetes” ou “loquetes”.Também encontrei no Lello Universal o sinónimo de “embute”.

M.A.

26/10/08

Hoje a Banda da SIMECQ actua em casa

15H00 - Concerto das Bandas do SAMOUCO e da SIMECQ, no Salão Nobre.

ENTRADA LIVRE

25/10/08

Dia do Sapateiro - 25/10

Bandarra - Poeta e Sapateiro de Trancoso

Esta é sem dúvida uma profissão em vias de extinção. Resta-nos o consolo de ainda haver alguns espalhados por Portugal.

Os meus sapatos ainda são tratados por um sapateiro à antiga. Cose solas à mão, engraxa , coloca os reforços nas biqueiras das botas e dos sapatos, dá opinião sobre os materiais ,se vale ou não a pena reparar, pinta, troca os saltos, enfim um sem número de possibilidades que apenas são dadas por quem sabe da arte.

O Sr António, Alentejano, vive perto da oficina. O cliente sabe sempre onde o encontrar nem que para isso ande uma meia dúzia de metros até à sua casa.

Gosta do que faz, trabalha com gosto, ele e o seu companheiro de sempre, um pequeno rádio, fazem daqueles 5 metros quadrados um cantinho aprazível, um local de encontro.
Muitas da famílias Portuguesas têm no seu historial um sapateiro.

fc

Sessão Solene - 128º aniversário SIMECQ

Amanhã, dia 26 Outubro

- 10H45 - Hastear da Bandeira -Porta Principal

- 11H00 SESSÃO SOLENE


- 15H00 - Concerto das Bandas do SAMOUCO e SIMECQ, no Salão Nobre
fc

24/10/08

HÁ 152 ANOS INAUGURAÇÃO DO CAMINHO DE FERRO EM PORTUGAL

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Nascido para servir nas minas de carvão, o caminho-de-ferro veio revolucionar o mundo dos transportes e, com o seu rápido desenvolvimento e expansão, despoletou um progresso extraordinário na deslocação de pessoas e mercadorias.
Em Portugal, este grande passo para a modernização deu-se em 28 de Outubro de 1856, com a inauguração do primeiro troço de caminho-de-ferro, entre Lisboa e o Carregado. Dada a incapacidade da iniciativa privada, o Estado acabou por assumir o controlo da rede ferroviária, financiando o seu alargamento e modernização, que tem decorrido até aos nossos dias.
Lado a lado, tanto os caminhos-de-ferro como os comboios têm evoluído significativamente ao longo destes 152 anos.

Num longo percurso, destacam-se o Sud Express que, em 1887, inaugurou o primeiro serviço internacional entre as capitais Lisboa e Paris; o Flecha de Prata, introduzido em 1940 por ocasião da Exposição do Mundo Português, ligando Lisboa e o Porto; as automotoras Nohab e as composições Alco que, em 1948 trouxeram a tracção a diesel.

As composições italianas do Foguete, de 1953, foram as primeiras a incluir material português significativo, destinado a executar um serviço rápido na linha do Norte. O Alfa Pendular que, tendo surgido aquando a Expo 98, trouxe níveis superiores de conforto, mobilidade e segurança. Apesar de há 152 anos atrás, a ideia da construção de caminhos-de-ferro não ter sido aceite por unanimidade pelas elites portuguesas, estes foram, em boa verdade, um verdadeiro motor de arranque para o desenvolvimento das vias de comunicação. Desde então, têm sofrido acentuadas alterações a diferentes níveis, tais como encurtar o tempo de viagem, elevar o conforto e a segurança dos passageiros.

Em Dezembro de 2006 apareceu uma emissão filatélica relacionada com a comemoração dos 150 anos deste acontecimento histórico. A foto inicial mostra um Bloco em que se vê o Cardeal abençoando o comboio da viagem inaugural Lisboa Carregado, com a presença do Rei D. Pedro V e comitiva. A seguir, estão os 4 selos respectivamente com o Flecha de Prata, O Sud Express, o Foguete e o Alfa Pendular.

(Revista do Coleccionador)

M.A.

22/10/08

@ - O ESTRANHO "a" ENCARACOLADO


É um símbolo corriqueiro nos dias de hoje. Sem ele não é possível enviar e.mails. Recebeu muitos nomes por esse mundo fora. Mas, em Portugal, é o chamado “arroba” ou seja o conhecido @

Muita gente que vai a Estremoz e pára no largo maior da cidade, visita depois a majestosa Igreja de S. Francisco. Mas poucos visitantes reparam num pormenor curioso, numa lápide situada ao nível dos olhos, do lado direito da nave central. Há outras coisas a ver, mas essa pedra tem um símbolo que intriga quem nele repara.

É um símbolo comum nos dias correntes, Muito comum mesmo. Aparece obrigatoriamente nos endereços de correio electrónico e quase adquiriu o estatuto de representante da era digital. É o célebre “a” encaracolado, que já recebeu muitos nomes, mas que em Portugal é hoje conhecido como “arroba” É o célebre @.
Sendo tão comum, não é de estranhar que este símbolo apareça numa igreja. O que é realmente intrigante é o facto de ele estar numa lápide do sec. XVII.

Quem conheça latim e manuscritos da época não ficará surpreso. Trata-se de uma contracção das letras “a” e “d”. Refere-se possivelmente a “Anno Domini”, o ano do Senhor, mais conhecido entre nós pela abreviatura portuguesa “d C”, que significa “depois de Cristo” – enquanto “a C” significa “antes de Cristo”. Outros países e outros idiomas usam outras abreviaturas. O certo é que em todo o mundo ocidental e quase todos os países usam a numeração dos anos que tem início na suposta data de nascimento de Jesus.
O mistério da lápide de Extremoz parece pois resolvido. É uma ligatura que explica a que era se refere a data 1694, nela introduzida. Mas por que razão lhe chamamos “arroba”? E como chegou este símbolo aos dias de hoje?

Há um documento veneziano de 1536 onde esse símbolo aparece representando ânforas como unidades de peso e volume Também um termo castelhano de 1492 dava “arroba” como tradução do latim “amphora” Mas, também se diz não ter a palavra “arroba” qualquer relação com “ânfora” pois vem do árabe “ar-ruba’a”, designando “um quarto” ou “ a quarta parte”. Trata-se de uma unidade de peso que habitualmente se arredonda para 15 Kg.

Os ingleses e norte-americanos traduziram muito correctamente o “ad” latino por “at” e passaram a usar o símbolo @ nos registos comerciais. Nas bancas de fruta, ou nos mercados de rua norte-americanos ainda hoje o vemos frequentemente. Os vendedores escrevem “@ $2”, para significar que as azeitonas se vendem a dois dólares (cada libra, subentenda-se).
Na máquina de escrever Underwood de 1885 já aparecia o @, que sobreviveu nos países anglo-saxónicos durante todo o sec. XX. Quando o símbolo reapareceu nos computadores, ele tinha também já lugar cativo nos teclados norte-americanos por ter aí uso frequente.

Quando o correio electrónico foi inventado, o engº Ray Tomlinson, o primeiro a enviar uma mensagem entre utilizadores de computadores diferentes precisou de encontrar um símbolo que separasse o nome do utilizador do da máquina em que este tinha a sua cx. de correio. Seria confuso utilizar uma letra que pudesse fazer parte de um nome próprio.
Conforme explicou posteriormente, “hesitei apenas durante uns 30/40 segundos…o sinal @ fazia todo o sentido” Estava-se em 1971 e esses 30/40 segundos fizeram história.

( Foto e excerto de um artigo do Prof. de Matemática e Estatística Nuno Crato, publicados na revista do Club do Coleccionador)

M.A.

Exposição - Piratas Os Ladrões do Mar


O Palácio Nacional de Sintra apresenta, até ao dia 2 de Novembro, a exposição "Piratas - Os Ladrões do Mar", uma mostra temporária itinerante que visita por primeira vez Portugal. A história da pirataria esta ligada intimamente à da própria navegação. Desde que os produtos transportados em barco inspiraram cobiça, que os piratas existem, com maior ou menor visibilidade, agindo também umas vezes com alguma impunidade, outras à margem da lei.

Concebida pela especialista em arqueologia subaquática e história da navegação, Sandra Y. Rodriguez, aborda vários cenários marítimos desde o mundo clássico à actualidade, apresentando objectos originais, desenhos, fotografias, textos de fácil leitura mas de grande rigor cientifico, numa exposição bastante agradável, dirigida a todos os públicos, que pode ser visitada diariamente, das 10 às 17 horas. O ingresso é de três euros.Grátis para crianças até aos 6 anos.

21/10/08

TABUADA COM OS DEDOS

Quem é que não se lembra dos tempos em que foi obrigado a decorar a tabuada?
Talvez até um ou outro recorde alguma palmatoada ou reguada em resultado de uma resposta errada que tenha dado!
E quem nunca escondeu a mãozinha no bolso, para os deditos ajudarem a fazer as contas no caderno?
Hoje em dia, com a proliferação das calculadoras de bolso, há mesmo uma certa hesitação nas pessoas, em responder, se inquiridas sobre a tabuada. E a resposta certa nem sempre sai à primeira!
Pois então, divirtam-se com estas dicas que os irão ensinar a saber multiplicar usando os próprios dedos das mãos.


Gostaram? Esperamos que sim. Agora é só treinar um pouco mais.

M.A.

20/10/08

Labirintos da seda

E terminou a exposição da Yvonne Kerné.

Foi bastante visitada e apreciada.

Parabéns Yvonne uma vez mais pela qualidade dos trabalhos apresentados. Essas mãos sabem como produzir maravilhas, não há dúvida.

Para quem não teve oportunidade de fazer uma visita, aqui fica um pequeno registo.
fc

19/10/08

O sol e o Arco Iris

Hoje apanhei o Sol em amena cavaqueira com o Arco Íris.
Ora vejam só.....









Não entendi nada do que diziam um ao outro.
Por momentos, achei que queriam até tocar-se. Fazer um cumprimento amistoso.
A avaliar pela beleza e serenidade das imagens, acredito que falassem de como gostariam de poder ver o Mundo calmo, tranquilo, iluminado, límpido, alegre, feliz, assim como eles mesmo se nos apresentavam no momento deste encontro de fim de tarde.
fc

Exposição Pintura e objectos de ZÉ NETO


Ate 6 de Novembro, pode ver a exposição:
"A ilusão do querer", exposição de pintura e objectos de Zé Neto.

Galeria Geraldes da Silva
Rua de Santo Ildefonso, 225/229
4000-470 Porto

Telf.: 222 013 142
http://galeriageraldes.blogspot.com/
geral@geraldesdasilva.pt


Duração até 06 NOV 2008.

Hor. 2ª a Sábado 10h00-13h00 14h30-19h00

18/10/08

O LIVRO DE MONTARIA DE D.JOÃO I

(Clique para ampliar)


As Obras dos Príncipes de Avis, designação adoptada pelo Prof. Manuel Lopes de Almeida, para o conjunto dos livros escritos pela Ínclita Geração e que engloba o Livro de Montaria de D.João I, O Leal Conselheiro e o Livro da Ensinança de Bem Cavalgar Toda a Sela, ambos de D.Duarte, e o Livro da Virtuosa Benfeitoria, do Infante D. Pedro, também autor da versão portuguesa do Livro dos Ofícios, de Marco Túlio Ciceram (Cícero), caíram durante séculos na indiferença quase geral.

Nos últimos tempos, porém, assistiu-se a um redobrado interesse pelo Livro de Montaria, por parte não só de bibliófilos e estudiosos da Literatura Portuguesa medieval como dos que encaram como uma nobre arte a perseguição da caça corrida por matilhas de cães nos montados. Sobretudo por aqueles que mais cultos, descobriram como o Mestre de Avis, na sua obra já considerava que “ao ver como o jogo de andar ao monte era tão bom e tão proveitoso, que em sua bondade passa todos os jogos que agora são habituais, [ e por isso ] os homens por ele podem aproveitar mais que nenhum dos outros de que os homens agora usam”.

O Círculo de Bibliofilia Venatória Madrid mandou realizar uma edição fac-similada apenas de 300 exemplares e extraordinariamente valiosa do Livro de Montaria publicado no séc, XVII, cuja importância e actualidade justificou a sua exposição na Bélgica, no decorrer da Europália. Trata-se de um documento do acervo da Biblioteca Nacional de Lisboa e é o mais antigo manuscrito que se conhece da obra de D.João I, uma vez que nunca se descobriu o original do séc. XV. A principal alusão a este livro encontra-se no preâmbulo da edição seiscentista, onde pode ler-se que se trata do “Livro de Montaria composto pólo Señor Rey Don Joaom de Portugal e dos Algarues, e Señor de Ceuta, trasladado de um Original de maom escrito em pergaminho que se achou na Libreria do Collego da Comp. Ihs de Monforte de Lemos pólo Bacharel Manoel Serrão de Paz este anno de mil e seyscentos e uinte e seys”.

Excerto de um artigo, não assinado e foto publicados na revista do Club do Coleccionador.

M.A.

Tom & Huck -Teatro Infantil

O «Tom & Huck» foi adaptado para palco e irá estar em cena nestes dois dias:

19 de Outubro, 11h – Auditório do CAS Oeiras, Oeiras

2 de Novembro, 11h – Auditório Ruy de Carvalho, Carnaxide

Em ambos os espectáculos entrada livre! Não se aceitam reservas. Os bilhetes são entregues por ordem de chegada.

17/10/08

PINTURA DE MARIA HELENA LIMA


Hoje venho falar-vos de uma pintora que conheço já há largos anos. Foi uma outra pintora e amiga também, a Manuela Jardim, de quem eu havia sido aluna, que ma recomendou e, assim, passei a ter aulas com ela. Trabalhamos juntas vários anos, a relação aluna professora evoluiu e acabamos por manter a partir dessa altura uma sã amizade que perdura até hoje.
Como breves traços biográficos direi que é natural de Moçâmedes (distrito de Viseu) e se radicou no concelho de Cascais, há bastante tempo.



O seu percurso começou com cursos de pintura feitos desde 1969; estudou também Gravura, História de Arte e História e Critica de Arte, tem feito parte de Júris de vários concursos nacionais e estrangeiros, lecciona em várias escolas e academias e, sobretudo pinta, pinta bastante, o que lhe tem permitido fazer exposições com certa assiduidade, ter recebido já inúmeros prémios (nacionais e estrangeiros) e, sobretudo conquistado uma posição de certo destaque no mundo da pintura contemporânea. Pinta, geralmente, cenas que estejam ligadas a uma temática humanística.


Neste momento há mais uma colecção de 26 quadros seus exposta na Ordem dos Médicos, onde estive esta tarde e, onde fiz estas fotos para trazer aos nossos leitores como amostra da sua arte. Convido-os a irem até lá para terem oportunidade de confirmar tudo quanto vos disse e ficarem a conhecer tudo o mais que não cabe neste curto apontamento mas que, as suas telas, estou certa, vos irão revelar.

Fotos, pela ordem em que estão colocadas:
-Última gota
-Rostos de criança
-Semente
-Perdão
-Dança contemporânea

Exposição de 14 a 31 de Outubro, de 2ª a Sábado, das 10 às 22 horas.
Ordem dos Médicos – Avª. Gago Coutinho, nº 151 – Lisboa

M.A.

16/10/08

Exposição Pintura sobre Seda


Nesta exposição poderá ver os magníficos trabalhos pintados por Yvonne Kerné que é nossa sócia e monitora do Atelier de Artes da Simecq desde 1998.

Não deixe de vsitar!

SIMECQ - Rua Sacadura Cabral, 81- Cruz Quebrada
fc

15/10/08

Atletas precisam-se!

Façam o favor de ler e divulgar o pedido da secção de Basquetebol da SIMECQ.

Está tudo explicado aqui

fc

14/10/08

REGRAS DE MORAL E LEIS DA ARÁBIA (achadas nas ruínas de uma cidade, escritas em mármore)



Não sei se alguma vez já vos confessei que gosto imenso de livros e, muito em especial, daqueles que já têm alguns anitos… De entre os que tenho, há um, editado em 1870, onde fui encontrar estas máximas que vos trago hoje. O título do post é o original, bem como as instruções que se seguem:
“Leia-se por sua ordem a começar da última para a primeira palavra da 1ª. columna: Não digaes, - depois as últimas e a primeira palavra da 2ª. columna: tudo quanto sabeis, etc.- a começar sempre de baixo para cima.”

Nota – Chamo a vossa atenção para a grafia de algumas palavras (digais, façais, coluna) que hoje se escrevem de forma diferente mas que eu preferi deixar como se encontram no livro.

M.A.

13/10/08

MÁQUINAS FOTOGRÁFICAS ANTIGAS

(Clique para ampliar)

Na sequência das investigações que desenvolveu em 1822-1825, o francês Nicéphore Nièpce deu um passo crucial para a descoberta da fotografia, conseguindo revelar uma imagem anteriormente impressionada numa chapa de cobre inserida numa câmara escura. Mais tarde o seu sobrinho Nièpce de Saint-Victor aperfeiçoou as invenções do tio e tornou-se um notável fotógrafo, obtendo imagens de uma pureza inexcedível. Mas, para isso, utilizava aparelhagem que pesava quilos e tempos de exposição intermináveis.
150 anos depois as máquinas fotográficas são instrumentos práticos de manejo rápido e simples, dotados de tecnologia da era espacial.
E o fotógrafo não precisa que o tema ou o modelo fiquem imóveis e tira instantâneos sob quaisquer condições de luz. Ao longo deste percurso adoptaram-se variadíssimas inovações que deram origem a sucessivas gerações de máquinas fotográficas, tornando as mais antigas obsoletas. Idealizaram-se também muitos modelos, alguns com enorme sucesso, sobretudo entre as portáteis utilizadas por profissionais e amadores, como os “caixotes”, as “de fole”, as “reflex” e as do tipo “Leica” que hoje fazem as delícias dos coleccionadores como Manuel Paula.
Entre a mais de meia centena de peças da sua colecção, “começada com uma Agfa do meu avô”, encontram-se aparelhos que datam desde o final do século XIX até ao post-guerra, todos em condições de funcionar. Este tipo de coleccionismo “tornou-se quase uma moda e já não é tão fácil aumentar a colecção”.
















“Para se fazer uma colecção como deve ser é preciso investigar e proceder a uma sistematização, que até dá prazer. Embora o melhor sejam as tertúlias que se criam entre os coleccionadores do mesmo tema, pois, muitas vezes são pessoas com grandes afinidades culturais, apesar de todos reconhecerem que os outros são, simultaneamente, os melhores amigos, com quem se é franco, aberto e generoso, e os maiores inimigos, porque disputam as mesmas peças e se se revelam todos os segredos pode perder-se um filão.”


Vemos nas fotos alguns dos exemplares mais “fotogénicos” da colecção de Manuel Paula, incluindo exemplares de madeira e metalizados, com e sem fole, desde modelos de bolso a modelos “de campo”, de origem francesa, americana, alemã e inglesa, fabricados nos fins do século XIX e princípios do século XX.

(Excerto de um artigo e fotos da revista do Club do Coleccionador)

M.A.




Sociedade de Instrução Musical e Escolar Cruz Quebradense

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