Como tudo começou

06/09/09

EXPOSIÇÃO NAÏF NO ESTORIL


Fui, um dia destes, ao Casino do Estoril para visitar o «XXX Salão Internacional de Pintura Naïf». Este ano são 40 os artistas, nacionais e estrangeiros, que ali se apresentam e, acreditem, é sempre uma satisfação para mim ver todo aquele intenso colorido revestindo as paredes da galeria.
Foi no ano de 1980 que se realizou a primeira exposição colectiva dedicada à Arte Naïf, apenas com 17 artistas representados.


Comenta-se, no catálogo, que há quem pense serem, estes artistas, aqueles que não sabem pintar, refutando, logo de seguida, essa maneira de ver, como eu igualmente faço. Esta é, apenas, uma, entre várias outras formas de expressão artística em que a falta de escola do artista é compensada pela pureza das cores e a ingenuidade do desenho. Que importa se a perspectiva não está lá e se os temas, pela sua simplicidade, nos despertam, por vezes, um sorriso? Por mim, olhando estes quadros, eu vejo sempre neles, arte da mais genuína! E, repito, é sempre com muito gosto que lá vou.




Acho curioso também observar a diversidade de profissões de onde surgem os chamados “artistas de domingo”nome com que também se designam os artistas naives. Este ano estão ali reformados, professores, um engenheiro, um pastor de caprinos e um agricultor, entre vários outras. São autodidactas e o que importa é terem descoberto dentro de si alguma sensibilidade artística e haverem ido um dia comprar telas, tintas e pincéis para darem o primeiro passo.



Para esta exposição houve dois prémios:
Um, instituído pela Câmara Municipal de Guimarães para o melhor trabalho apresentado e outro denominado “Câmara Municipal de Cascais”para a melhor obra sobre a Costa do Estoril. Foi também de 12 o total das Menções Honrosas atribuídas este ano.
Leitores, esta exposição encerrará no próximo dia 14 de Setembro, portanto, apressem-se a ir lá.
As fotos que são apresentadas têm a seguinte ordem:
- Prémio C. M. Guimarães – Arménio Ferreira
- Prémio C. M. Cascais – Cecília
- 3 Menções Honrosas – Elza Filipa – Manuel Castro e J. B. Durão

M.A.

3 comentários:

Elvira Carvalho disse...

Quando eu borro umas telas algumas pessoas também lhe dão esse nome...
Curioso é que meu irmão se chama Arménio Ferreira. E eu pensava que Arménio era um nome pouco comum.
Um abraço e uma boa semana

M.A disse...

Obrigada pela sua presença aqui, uma vez mais. Este nome não será dos mais vulgares concordo. Neste caso, o pintor (nascido em 1935) é um antigo radiotelegrafista militar, que em seguida trabalhou na Tap de onde se veio a reformar. A pintura naïf veio a seguir, pelos anos 90 e, de tal forma se desenvolveu, que tem obras suas dentro e fora do país.
Volte sempre que queira.

Gi disse...

Adoro pintura naïf, eu!

Sociedade de Instrução Musical e Escolar Cruz Quebradense

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