Como tudo começou

30/09/10

ILUSÃO DE ÓPTICA



Hoje trazemos aos nossos leitores um vídeo em que nos são mostrados alguns efeitos, muito curiosos, de ilusão óptica.
Isto é conseguido fazendo deslizar sobre um desenho que está numa folha branca uma lâmina formada por riscas opacas e transparentes.


O mesmo princípio afinal daquele antigo aparelho, que tem um nome um tanto arrevesado, zootroscópio, com cuja imagem abrimos o post de hoje. Ele fez parte de algumas experiências precursoras do cinema. Já tive oportunidade de ver, há uns bons anos atrás, um objecto destes no Museu da Ciência e da Técnica, em Munique.
Consistia numa cx cilíndrica, apoiada num eixo, iluminada interiormente, com aberturas na vertical e, no interior da qual se colocava uma banda de papel com figuras desenhadas. Cada boneco era representado numa sequência de movimentos. Então, quando se fazia girar o cilindro exterior, os bonecos vistos pelos orifícios apareciam animados, correndo, dançando, etc.
Curiosidades de outros tempos…
(Imagem de abertura retirada da Net. Vídeo recebido num mail)
M.A.

28/09/10

AS TRASEIRAS DE MINHA CASA



Gosto bastante de olhar pelas janelas das traseiras de minha casa.
Perante os meus olhos estende-se uma colina de casario variado e, a parte superior dessa elevação que eu ainda conheci despida de construções, hoje, passados alguns anos, está totalmente diferente, claro.
Se durante o dia podemos considerar que a paisagem é pouco variada, quando cai a tarde e depois anoitece, consoante as épocas do ano e o tempo que faz, o cenário transforma-se e (pelo menos para mim) é por vezes, bastante bonito.

Não tenho a pretensão de levar até vós nenhumas obras primas de fotografia, estas fotos , são apenas quatro amostras do que a natureza nos oferece, dia a dia, gratuitamente...
M.A.

25/09/10

PIANISTA CEGO NOBUYUKY TSUJII(MAIS UM EXEMPLO DE TENACIDADE)



Em 13 de Setembro de 1988 nascia um rapazinho japonês e, pouco depois a família deu conta que era invisual. Julgamos que a sua primeira manifestação de aptidão para a música tenha sido, aos dois anos; depois de ouvir a sua mãe tocar a Jingle Bells, a criança, num piano de brinquedo, de ouvido, repetiu a melodia. Aos 4 anos iniciou os estudos de piano e aos 10 estreava-se, já, como solista, com a Orquestra do Século de Osaca.
Em Junho de 2009 vence “ae exequo” com Haochen Zhang, da China, o Concurso de piano, promovido pela Fundação Van Cliburn no Texas.
A composição escolhida foi “La Campanella” de Franz Liszt que, para quem não saiba tem uma dificuldade bastante grande na sua execução. Esta peça foi inspirada no último movimento (um rondó) do Concerto nº 2, para violino e orquestra, de Paganini. É justamente a peça que vos convidamos a ver e a ouvir no vídeo que acompanha o post de hoje.







Não há muitos dias atrás falamos de um músico que, para tocar piano se serve dos pés (se quiser recordar clique aqui), hoje trazemos alguém que mesmo privado da visão consegue singrar na vida e competir , em pé de igualdade, com os pianistas que vêem normalmente.
Chamamos a vossa atenção para o facto de, no final, o solista agradecer os aplausos que se fizeram ouvir, continuamente, durante três minutos.
Uma vez mais, julgamos ser motivo de reflexão para todos nós, o exemplo que este jovem nos dá.
Até breve, leitores.
M.A.

23/09/10

Entardecer em Setembro

É assim que ao entardecer
fica este bonito jardim,
já tem cheiro a Outono...
as brisas são frescas agora
o sol brilha enfraquecido
e todos me dizem a mim
que o Verão não vai embora!

(foto e poema meu)

fc

21/09/10

PRECISA-SE DE UM AMIGO

foto minha


Não precisa ser homem, basta ser humano, basta ter sentimento,
basta ter coração. Precisa saber falar e saber calar; sobretudo,
saber ouvir. Tem que gostar de poesia, da madrugada,
de pássaros, do sol, da lua, do canto dos
ventos e do murmúrio das brisas.

Deve ter amor, um grande amor por alguém, ou então sentir falta
de não ter esse amor. Deve amar ao próximo e respeitar a
dor que todos os passantes levam. Deve guardar
segredo sem se sacrificar.

Não é preciso que seja de primeira mão, nem mesmo é imprescindível
que seja de segunda mão; pode já ter sido enganado (todos os
amigos são enganados). Não é preciso que seja puro, nem
que seja de todo impuro, mas, não deve ser vulgar.

Deve ter um ideal e medo de perde-lo; no caso de assim não ser, deve
sentir o grande vácuo que isso deixa. Tem que ter ressonâncias
humanas; seu principal objectivo deve ser de ser amigo;
deve sentir pena das pessoas tristes e compreender
o imenso vazio dos solitários.

Deve ser D. Quixote sem, contudo, desprezar Sancho Pança.
Deve gostar de crianças, lastimar as que não puderam
nascer e as que não puderam viver.

Procura-se um amigo para gostar dos mesmos gostos; que se comova
quando chamado de amigo; que saiba conversar de coisas
simples, de orvalho, de grandes chuvas e de
recordações da infância.

Precisa-se de um amigo para não enlouquecer, para se contar o
que se viu de belo ou de triste durante o dia, dos anseios e
das realizações, dos sonhos e da realidade.

Deve gostar de ruas desertas, de poças de chuva, de caminhos
molhados, de beira de estrada, do mato depois da chuva e
de se deitar no capim. Precisa-se de um amigo que
diga que vale a pena viver, não porque a vida
é bela, mas porque já se tem um amigo.

Precisa-se de um amigo para se parar de chorar, para não se viver
debruçado no passado em busca de memórias queridas.
Precisa-se de um amigo que nos bata no ombro,
sorrindo ou chorando, mas que nos
chame de amigo.

Precisa-se de um amigo que creia em nós. Precisa-se de um
amigo para se ter consciência de que ainda se vive.

Vinicius de Morais

Nota: Eu tenho amigos assim, do peito.
Há dias em que temos de dizer aos amigos o quanto gostamos deles. Porque há dias especiais!
fc

OS LUSÍADAS, EM MIRANDÊS



Francisco Niebro é o pseudónimo que usa Amadeu Ferreira, um historiador e estudioso do mirandês que há cerca de oito anos atrás iniciou uma tarefa muito curiosa de que falaremos hoje. Foi ela o de traduzir para esta língua, o romance épico de Luís de Camões, “Os Lusíadas”.

«Aqueilhas armas i homes afamados
Que, d’Oucidental praia Lusitana,
Por mares datrás nunca nabegados
Passórum par’alhá la Taprobana,
An peligros i guerras mui sforçados….»

Assim começa esta versão mirandesa e cinco anos se seguiram ocupados a traduzir os dez Cantos e as 1102 Estrofes que compõem toda esta obra.. O tempo restante foi o necessário para a revisão e aperfeiçoamento do texto antes da sua publicação. A este autor juntou-se o talento artístico de José Ruy que fez a banda desenhada para ilustrar a obra, agora apresentada no passado dia 17 de Setembro, em cerimónia promovida pela Câmara de Miranda do Douro. Para ficarem a conhecer os seus autores e terem uma pequena visão, feita em vídeo, do conteúdo desta obra, queiram clicar aqui.

Este livro aparece, justamente, quando se comemoram 11 anos sobre o reconhecimento no Diário da República, do mirandês, como segunda língua oficial portuguesa. De salientar também que para a capa foi escolhida uma reprodução da primeira edição de 1572. Como curiosidade, chamamos a atenção dos leitores para o facto de, na versão mirandesa o «O» inicial do título ter passado para um «L»

A foto com que abrimos o post é de uma das primeiras edições de «Os Lusíadas» (1609) que se encontra exposta no Museu do Oriente, em Lx.
M.A.

19/09/10

Escultura aos apanhadores de percebes

Escultura da autoria de Carlos Bajouca em Rogil - Aljezur


foto minha

fc

17/09/10

Exposição de Pintura 130 anos SIMECQ

Inserida nas comemorações dos 130º aniversário da SIMECQ, o Atelier de Artes, leva a efeito no Salão Nobre de 24 a 26/09 uma exposição de pintura.

A inauguração às 18,30 e gostariamos de vos ter presentes no evento.

Artistas participantes:
Ana Camilo, António Dulcidio, Daniel Monteiro, Delfina Mendonça, Di, Francisca Carvalho, Francisco Nunes Amaral, Lina Santos, Mar Mag, Maria Amélia Rezende, Maria Tereza Braz, Marta Jacob, Miguel Félix Petra Birta e Yvonne Kerné.

fc

15/09/10

Questionarte

É já na proxima 5ª Feira o lançamento deste livro





O Hotel Novotel Lisboa, em parceria com o INSAT e a Art&mente, vão promover uma exposição colectiva de arte contemporânea com as 71 obras de 40 artistas retratadas no ivro”Questionarte”.
Na relação com os trabalhos patentes, o visitante questionará e questionar-se-á seguramente perante o que vê, essência da própria arte.
A exposição adopta o nome do livro e será inaugurada em simultâneo com o seu lançamento, dia 16 de Setembro, às 18H00, no Novotel Lisboa, onde ficará aberta ao público até ao final do ano.
Segundo Elisabete Lucas, co-autora do livro, “A exposição das obras e o livro Questionarte ilustram a diversidade e a qualidade do trabalho que está a ser desenvolvido por um alargado conjunto de artistas contemporâneos.”
Os quadros expostos poderão ser comercializados, tal como o livro, que estará à venda no hotel por €15,00 no dia da inauguração, e por €20,00, a partir dessa data.

fc

14/09/10

ALGAR DO CARVÃO – AÇORES



Hoje convidamos os nossos leitores a deslocarem-se até à ILHA TERCEIRA, nos AÇORES.

Por certo que ninguém se furtará a tal convite já que são sobejamente falados os encantos que todas as ilhas deste arquipélago oferecem a quem as visita.
Porém, o convite presente não visa falar de nada daquilo que se encontra visível à face do solo. Especificamente iremos entrar, nada mais nada menos, que no interior de um antigo vulcão, imaginem!
É uma ocasião impar e, para vos aguçar o apetite já mostramos duas fotos feitas no interior do Algar do Carvão, há cerca de 15 dias atrás. Elas são a primeira visão que o visitante tem, quando, logo após a entrada, olha para cima e, depois, para baixo.
Pensamos que será interessante perceber, primeiro, qual o plano deste local e, portanto, comecem por clicar aqui.
Em seguida, novo clique aqui dará a conhecer toda a história ligada ao Algar do Carvão.
Finalmente, para desfrutardes o vídeo que o mostra em pormenor, tereis que fazer um terceiro clique aqui também.
Esperamos que tenhais dado por bem empregue a visita feita a este post já que tivestes oportunidade de conhecer algo que está mesmo classificado como Monumento Natural Regional.
Até outra oportunidade, leitores.
(O nosso obrigada à Zé pelas fotos cedidas)
M.A.

13/09/10

I Concurso Literário do Vale do Jamor


Estão abertas as candidaturas para a primeira edição do Concurso Literário promovido pela Junta de Freguesia da Cruz Quebrada-Dafundo.

O Concurso Literário do Vale do Jamor está aberto a todos os residentes, trabalhadores e estudantes do Concelho de Oeiras.

Os trabalhos, de tema livre mas que estejam de alguma forma relacionados com a Cruz Quebrada e Dafundo, poderão ser entregues nas modalidades prosa ou poesia e nas subcategorias de alunos do 2º e 3º ciclos do Ensino Básico, alunos do Ensino Secundário e maiores de 18 anos.

O prazo limite de entrega de candidaturas é 15 de Setembro de 2010.

Para mais informações e leitura do regulamento consulte o site:

www.jf-cruzquebrada-dafundo.pt


ou dirija-se às instalações da Junta de Freguesia:

Rua Policarpo Anjos, 50, na Cruz Quebrada

fc

12/09/10

FÉRIAS À BEIRA-MAR



Leitores:

Hoje, venho compartilhar convosco duas fotos que o meu amigo Fausto Andrade mandou e que são fruto da sua passagem, este Verão, pela praia de Monte Clérigo, no Algarve.
Fotografias deste amigo já apareceram em posts anteriores como, por certo, os nossos leitores recordarão.
Estas imagens, talvez vos deixem já um certo cheiro de saudade das férias… pelo colorido das casas, em cascata, sobre as rochas, pela areia quente da praia, pelo azul do mar, pelos bonitos tons do Sol no seu ocaso, etc. Mais um Verão que se aproxima do fim...
Fiquem bem leitores.
M.A.

10/09/10

A MARTA TEM BOM-HUMOR



Das crianças nós recebemos muita satisfação, muito amor, montes de ternura e por vezes até, somos surpreendidos com comentários cheios de espírito.
Com este preâmbulo vou relatar-vos mais um episódio passado com a neta Marta que, agora já com sete anos, revela um senso de humor que, francamente, todos apreciamos.
O dia a dia de cada um de nós nem sempre é agradável mas, se lhe conseguirmos misturar alguma boa disposição isso vai ajudar um pouquinho.
Ora, aconteceu que, recentemente, a Marta veio passar o dia com os avós paternos e, porque certos compromissos já marcados obrigaram a avó a estar fora toda a manhã, esta, ao chegar, anunciou-lhe logo que, de tarde, iriam as duas para o Aquário Vasco da Gama. A notícia entusiasmou-a porque foi lá ainda muito pequenina e já de pouco se lembrava.
Não vou descrever em pormenor a visita, apenas direi que é sempre gratificante acompanhar qualquer criança a um local destes e tentar responder às mil e uma perguntas que sempre elas fazem.
As vezes que lá entrei já não têm conta …levei os filhos, os filhos de alguns amigos, também os netos… Tempos houve em que, estando eu hospedada em determinado local onde havia muitas crianças, enchia frequentemente o carro com umas tantas e lá vínhamos até ao Aquário do Dafundo. Em resultado disso uma amiga até comentou um dia:
_Qualquer dia os peixinhos já a vêm receber à porta com uma passadeira vermelha!...
Bom, mas voltemos ao principal assunto. A Marta gostou do que foi vendo mas, deliciou-se, principalmente, quando, na distribuição de comida às otárias Olívia e Vitinho viu as brincadeiras e os mimos trocados entre estas e o seu tratador. As tartarugas gigantes retiveram também o seu interesse durante bastante tempo. Foi ela, afinal, a marcar o ritmo da visita. Tirou fotografias a tudo quanto entendeu e, assim, a tarde foi passando.
Mas, houve uma brincadeira que me fez rir quando andávamos na zona dos corais.
Por coincidência, neste dia, eu usava um colar de coral trazido de uma viagem feita, há anos e, já que vinha a propósito, expliquei-lhe que aquilo era feito com um animal que vivera também no fundo do mar.
Ela então, defronte de mim, fitando-me com um olhar divertido e muito agarotado, sacudindo as mãos e marcando com um pé cada palavra, comentou:
_Ó avó, então e tu “andas-me” aí com esse animal morto dependurado ao pescoço?!....

(Se lhe apetecer conhecer outras histórias com a Marta já contadas neste blog, queira clicar aqui e também aqui).

Nota - O desenho que aparece a abrir o post foi feito pela Marta em princípio de 2009.
M.A.

08/09/10

FADO GAGO



Todos nós já tivemos o prazer de ouvir o “Fado Falado” na maravilhosa versão do saudoso João Vilaret e, por certo, também, não poucos se recordarão da “charge” que a seguir apareceu, o “Fado Mal Falado” na inconfundível voz e jeito característico de Hermínia Silva.
No entanto, de entre os nossos leitores, talvez haja quem desconheça aquilo de que hoje falaremos. É que, inspirado nestas duas “fontes” foi composta para o espectáculo “FADOS” de Ricardo Pais, uma terceira e engraçada versão intitulada “Fado Gago”.
Desta vez a letra e música são de Sérgio Godinho e é também a sua voz que a divulga, no álbum “As Noites Passadas, edição de 1995. Ouçam-na clicando aqui.
Para os que ainda a não conhecem pensamos que será uma surpresa e, para todos os outros, relembrá-la, também não deixará de ser agradável. Aqui fica igualmente o poema.


Fado triste
fado negro das vielas
onde,
agora é que são elas
encomendaram-me este fado
"...- Mas só se for falado...
"Fado falado?
Pagam bem e dão trocado
o fado é pago!
Mas eu que sou gago
só consigo balbuciar...
(melhor cantar:)

Mãos caprichosas
que sebosas
mimoseiam a guitarra
mimoseando
o fado nefando
que se entranha
nas vielas
mãos tagarelas
indecentes
mãos tão juntas,
tão ardentes
os dedos quentes
insolentes
só se amainam na guitarra


Espera aí
já percebi
que entoando
mesmo falando, mesmo falando
se falar como que em verso
não gaguejo e até converso
(como as tais mãos na guitarra...)

Eram assim essas mãos
mãos de ferro e mãos de farra
desse Chico de má-vida
que (p'ra ser fiel à história)
andava na boa-vida
com a Glória
e está bom de ver
que o mulherio de Alfama
que é todo de alta linhagem
achava aquilo suspeito: vem de viagem
esse Chico marinheiro, todo feito
e vá de pendurar a âncora
na varanda da pequena


(Estão a ver a cena...)
E está bom de imaginar
(mesmo sem ver)
que dentro desse lugar
o que tinha a mercearia mesmo emfrente
tudo era transparente
o Chico, quando dormia
era marinheiro em terra
era a paz depois da guerra, a sua Glória
por isso dormiam juntos
sem divisória

Mãos muito sábias
tantas lábias
nas linhas das quatro palmas
são duas almas
irmanadas
pelas sinas da paixão
corpo na mão
mão que esvoaça
e amordaça
a sensatez
e cada vez
que o fado canta
esqueço tanta
da gaguez

Mas um dia - há sempre um dia
(Moeda ao ar!)
a cara e a coroa
viram a sorte mudar
vamos lá explicar

É que o Chico,
c'a memória
de ter amor de mulher
vez à vez, em cada porto
não cuidou de amar a Glória
foi-se à fruta no pomar
deixou a planta no horto
ou seja:resolveu catrafilar
toda a mulher que passava
na rua por onde a Glória - e aqui vai
mas desta história -espreitava
Ah! Que a Glória é mulher tesa...
quando viu o Chico
rua abaixo, rua acima
atracado a uma 'pirua'
uma garina
de resto bem conhecida
daquelas que faz p'la vida
e ela toda pimpante
e ele todo galante


Veio-lhe à boca o ciume
e a navalha foi lume
brilhando de raiva
todo este bairro, que saiba
que os dois que ali vão
vão ter de morrer
ai, vai correr muito sangue
eu esfolo, estrafego
eu pego nos dois
atiro as carcaças ao rio
e nem olho p'ra trás
tudo isto faz
alarido
e o Chico já ferido
só tenta dizer:
- Glória, que fazes?
Que morro sem quase
ter tempo de me arrepender
dá-me uma oportunidade
e nesta cidade
eu prometo ser teu
eu quero morrer no mar alto
e depois ir p'ró céu

Mãos homicidas
amanticidas
assim eram se não fosse
o olhar doce
por um instante
desse homem
tão inconstante
mãos que da Glória
têm o nome
e em seu nome vão amar
eu fico gago
com o afago
que essas mãos souberam dar


E o afagar dessas mãosj
á desenha na pele
a promessa futura- Jura, vá jura que és
todo meu 'té ao fim
todo, todo de mim
- Glória, vou desembarcar
dessa vida em que andava
à deriva no amor
- Chico, os meus braços de mar
dão-te abrigo e calor
E assim acaba esta históri
ao Chico e a Glória
está bom de se ver
ambos com vidas atrás
vão atrás de uma vida
em que é tudo viver
quem fala assim
não é gago
(não quero voltar a um assunto
encerrado)
mas...digam-me lá
se eu não sou gago
e canto o fado.


Esperamos que tenham gostado desta versão tão bem humorada, onde não falta sequer um pinguinho de brejeirice! Que este poema vos tenha deixado com um sorriso nos lábios e que esse mesmo sorriso fique para o resto do vosso dia.
M.A.

05/09/10

Aulas no Atelier de Arte da SIMECQ - inscrições abertas

No próximo Sábado dia 11 de Setembro, iniciamos as aulas no nosso Atelier de Artes.

Ateliers disponiveis:

  • Pintura em seda
  • Pintura em tecido
  • Iniciação ao desenho e pintura
  • Técnicas de estanho
  • Bordados (Arraiolos e Castelo Branco)
  • Pintura em cerâmica

Aqui fica um cheirinho dos trabalhos realizados pelos nossos alunos no ano lectivo de 2009/2010

Descubra o artista que há em si. Venha experimentar as nossas aulas.

03/09/10

AS TENTAÇÕES DE SANTO ANTÃO


Numa deslocação recente ao Museu Nacional de Arte Antiga, embora o nosso propósito principal tivesse sido uma das exposições temporárias, não deixamos de dar uma volta por algumas das suas 70 salas que guardam as colecções permanentes. E, uma das paragens obrigatórias foi, justamente, defronte do tríptico denominado “AS TENTAÇÕES DE SANTO ANTÃO, obra de cerca de 1500, que está entre as 10 mais referenciadas do Museu.
Foi seu autor Hieronymus Bosch, pseudónimo usado pelo pintor holandês Jeroen van Aeken, nascido em 1450 e falecido em 1516.

Trata-se de uma pintura a óleo, sobre madeira que se diz figurar entre as 6 obras mais importantes deste artista.
Sabe-se que esta é a versão definitiva do tema, porém, além de um possível estudo da mesma que está no Museu de Arte de S. Paulo há mais três versões diferentes em Ottawa, Madrid e Filadélfia. Considerada esta a mais importante é também a que se apresenta em melhor estado de conservação.

Ao que parece, Santo Antão, que nasceu no Egipto em 551, viveu grande parte da sua vida como eremita no deserto e, nisto se inspirou o pintor para nestas telas descrever as muitas tentações que as forças do mal terão exercido sobre ele. Se pretender aprofundar mais o tema queira clicar aqui.

Para si, leitor, deixamos estas fotos que fizemos deste tríptico de Bosch. Mostramos também fotos da parte traseira das telas laterais.

Para fazer uma visita virtual ao Museu Nacional de Arte Antiga convidamo-lo a clicar aqui. Mas, melhor ainda, será dispor-se o leitor a ir até lá e efectuar uma visita real.
Até breve
M.A.

01/09/10

QUALIDADE DE VIDA



Pois é, amigos, quando se fala em qualidade de vida melhorada julgo que todos concordarão que isso até condiz perfeitamente com o período de férias, não acham?
Descanso, boa comida, descontracção, praia, mar…Por falar nisso, porque não também, um pouco de exercício nas salsas ondas?




Pensamos que este quatro patas vai envergonhar muito humano!...
Até breve.M.A
Sociedade de Instrução Musical e Escolar Cruz Quebradense

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