Como tudo começou

31/12/10

ANO NOVO



Leitores:

Neste terminar do ano de 2010 e começo do 2011 queremos agradecer-vos a atenção que nos foram dispensando e, se permitem, de entre todos, destacar os que quiseram também deixar-nos, uma vez por outra, uma palavra amiga, por nós sempre apreciada.
Que o Novo Ano traga para todos, em geral, muita saúde, paz, felicidade e, se possível, a satisfação dos muitos desejos que cada qual guarde dentro de si.
Continuaremos a encontrarmo-nos neste espaço de convívio amigo.
Terminaremos o Ano de 2010 trazendo, de Carlos Drummond de Andrade, este poema que esperamos seja do vosso agrado:

Receita de ano novo


Para você ganhar belíssimo Ano Novo
cor do arco-íris, ou da cor da sua paz,
Ano Novo sem comparação com todo o tempo já vivido
(mal vivido talvez ou sem sentido)
para você ganhar um ano
não apenas pintado de novo, remendado às carreiras,
mas novo nas sementinhas do vir-a-ser;
novo
até no coração das coisas menos percebidas
(a começar pelo seu interior)
novo, espontâneo, que de tão perfeito nem se nota,
mas com ele se come, se passeia,
se ama, se compreende, se trabalha,
você não precisa beber champanha ou qualquer outra birita,
não precisa expedir nem receber mensagens
(planta recebe mensagens?
passa telegramas?)


Não precisa
fazer lista de boas intenções
para arquivá-las na gaveta.
Não precisa chorar arrependido
pelas besteiras consumidas
nem parvamente acreditar
que por decreto de esperança
a partir de Janeiro as coisas mudem
e seja tudo claridade, recompensa,
justiça entre os homens e as nações,
liberdade com cheiro e gosto de pão matinal,
direitos respeitados, começando
pelo direito augusto de viver.


Para ganhar um Ano Novo
que mereça este nome,
você, meu caro, tem de merecê-lo,
tem de fazê-lo novo, eu sei que não é fácil,
mas tente, experimente, consciente.
É dentro de você que o Ano Novo
cochila e espera desde sempre.

Até breve, leitores.
F.C/M.A.

29/12/10

COISAS QUE NUNCA DEVERÃO MUDAR EM PORTUGAL



Portugueses:

2010 tem sido um ano difícil para muitos; incerteza, mudanças, ansiedade sobre o futuro. O espírito do momento e de pessimismo, não de alegria. Mas o ânimo certo para entrar na época natalícia deve ser diferente. Por isso permitam-me, em vésperas da minha partida pela segunda vez deste pequeno jardim, eleger dez coisas que espero bem que nunca mudem em Portugal.

9:55 - 20 de Dezembro e 2010

1.A ligação intergeracional. Portugal é um país em que os jovens e os velhos conversam - normalmente dentro do contexto familiar. O estatuto de avô é altíssimo na sociedade portuguesa - e ainda bem. Os portugueses respeitam a primeira e a terceira idade, para o benefício de todos.
2. O lugar central da comida na vida diária. O almoço conta - não uma sandes comida com pressa e mal digerida, mas uma sopa, um prato quente etc, tudo comido à mesa e em companhia. Também aqui se reforça uma ligação com a família.
3. A variedade da paisagem. Não conheço outro pais onde seja possível ver tanta coisa num dia só, desde a imponência do rio Douro até à beleza das planícies do Alentejo, passando pelos planaltos e pela serra da Beira Interior.
4. A tolerância. Nunca vivi num país que aceita tão bem os estrangeiros. Não é por acaso que Portugal é considerado um dos países mais abertos aos emigrantes pelo estudo internacional MIPEX.
5. O café e os cafés. Os lugares são simples, acolhedores e agradáveis; a bebida é um pequeno prazer diário, especialmente quando acompanhado por um pastel de nata quente.
6. A inocência. É difícil descrever esta ideia em poucas palavras sem parecer paternalista; mas vi no meu primeiro fim de semana em Portugal, numa festa popular em Vila Real, adolescentes a dançar danças tradicionais com uma alegria e abertura que têm, na sua raiz, uma certa inocência.
7. Um profundo espírito de independência. Olhando para o mapa ibérico parece estranho que Portugal continue a ser um país independente. Mas é e não é por acaso. No fundo de cada português há um espírito profundamente autónomo e independentista.
8. As mulheres. O Adido de Defesa na Embaixada há quinze anos deu-me um conselho precioso: "Jovem, se quiser uma coisa para ser mesmo bem feita neste país, dê a tarefa a uma mulher". Concordei tanto que me casei com uma portuguesa.
9. A curiosidade sobre, e o conhecimento, do mundo. A influência de "lá" é evidente cá, na comida, nas artes, nos nomes. Portugal é um pais ligado, e que quer continuar ligado, aos outros continentes do mundo.
10. Que o dinheiro não é a coisa mais importante no mundo. As coisas boas de Portugal não são caras. Antes pelo contrário: não há nada melhor do que sair da praia ao fim da tarde e comer um peixe grelhado, acompanhado por um simples copo de vinho. Então, terminaremos a contemplação do país não com miséria, mas com brindes e abraços. Feliz Natal.


Este, foi um artigo que o Embaixador da Grã-Bretanha, ao deixar Portugal, publicou no «Expresso», em 18 de Dezembro de 2010.
Embora tenham já decorrido alguns dias sobre o seu aparecimento no jornal não deixamos de o transcrever por nos parecer, que estas palavras, vindas de alguém que viveu algum tempo entre nós, fazem bem ao ego dos portugueses e lhes podem transmitir também alguma esperança, que tão precisa é nos momentos que todos atravessamos.
M.A.

27/12/10

UMA JOVEM CHAMADA AISHA



Aisha é uma rapariga nascida no Afeganistão.
Seu pai, para apaziguar uma zanga que tinha com uma outra família, resolveu prometê-la em casamento, aos oito anos de idade, a um noivo pertencente a essa outra família. Assim, segundo os costumes, aos 16 anos ela foi entregue à família do noivo, que, ao que parece, nunca veio a conhecer.
A forma como a nova família (?) a tratou foi de tal forma brutal e desumana que, ao fim de dois anos, ela resolveu fugir para Kandahar. No entanto, uma vez apanhada pelas autoridades talibãs, como castigo pela “vergonha” que a sua fuga trouxera à família do noivo foi condenada a sofrer o corte do nariz e das orelhas.
Isto chegou ao conhecimento da revista Time que publicou, numa sua capa, a fotografia de Aisha com o rosto assim mutilado. Nos Estados Unidos, surgiram algumas críticas que achavam que o intuito daquela foto (pela legenda que a acompanhava) era apenas justificar a necessidade da presença dos militares americanos no Afeganistão.
Para nós é irrelevante averiguar a verdadeira intenção da Time na publicação da foto… Mais importante foi, isso sim, uma Fundação que luta pelos direitos das mulheres afegãs ter tido conhecimento do caso e, graças à sua actuação, ter actuado e possibilitado a Aisha ver o seu rosto de novo reconstruído.
A segunda foto mostra-nos a jovem já com um semblante sorridente, mas acreditamos que, dificilmente, ela se encontre, também, emocionalmente, refeita das atribulações por que passou.
Digamos que, neste momento, podemos considerar este episódio como uma triste história que acabou por vir a ter um final feliz!
Porém, quantas mais Aishas, por aquelas paragens, ainda sofrerão barbaridades deste género?

Nota – Relembremos, também, o caso de Sakineh Mohammadi-Ashtiani que, no Irão, está condenada à morte por lapidação acusada de… depois de viúva, ter tido relações com um homem!
Dias atrás, um dos nossos canais de televisão mostrou também, no Sudão, uma brutal cena de espancamento público a uma mulher, que desesperadamente gritava e tentava fugir às chicotadas aplicadas por dois homens. Outros assistiam, impávidos, sem intervirem. Um triste espectáculo em todo o sentido, sem dúvida! Como é possível isto acontecer, ainda, no Sec XXI?!!!!
Parece que a “razão” invocada para aquela tão brutal agressão era, imagine-se, o facto de ela ter usado calças...
São casos como os aqui referidos que nos levam a gritar bem, alto a nossa indignação e revolta e a afirmar que, por aquelas paragens, ainda há muito, mas muito, a fazer em defesa da dignidade e liberdade das mulheres.
(Fotos retiradas da imprensa escrita)
M.A.

25/12/10

NATAL DE 2010




ESTIMADOS LEITORES:

É COM ESTA BONITA TELA “ADORAÇÃO DOS PASTORES” (Do retábulo do Mosteiro da Madre de Deus. Sec. XVI), ATRIBUÍDA A JORGE AFONSO, QUE O BLOG SIMECQ-CULTURA ESTÁ A DESEJAR A TODOS QUANTOS NOS LÊEM UM BOM NATAL, COM MUITA SAÚDE E. SOBRETUDO, MUITA PAZ.

FC/MA

23/12/10

O jogo do rapa e o serão de Natal.....

foto minha

Jogar ao rapa no Natal

Era coisa de aldeão

Os jovens dos nossos dias

Desconhecem a tradição

Basta arranjar um rapa

Pinhas mansas pois então

Bem no meio do borralho

É que elas se “assarão”…

Este “rapa” de que falo

É um dado de madeira

Serve para jogar ao pinhão

E para muita brincadeira….

Vai abrindo toda a casca

Fica o pinhão a espreitar

Tir-se então um por um

Cuidado, não vale queimar…

Bem perto deste aparato

Coloca-se um alguidar

E para dentro da água

Os pinhões se vão deitar

O que for ao fundo, é bom

Se flutuar já não presta

Vão os de cima para o braseiro

Brincamos com o que resta

Juntam-se os jogadores

Cada qual com seus pinhões

Entra o rapa em acção

É hora das decisões…

Se saiu “rapa” ganha a todos

Se for “deixa” larga o que tem

Se for “tira”, recolhe alguns

Se é “põe” vai tudo o que tem

Este jogo bem velhinho

De há muitas gerações

Continua a ser divertido

E a animar os serões!

E agora vão às pinhas

Como estas aqui estão,

E digam depois do Natal

se jogaram, ou se não…


poema meu

fc

22/12/10

NATAL MODERNO

O vídeo que se segue, recebido num email, talvez deva servir a todos nós como motivo de reflexão.

M.A.

20/12/10

POEMA DE NATAL



Ao menino Jesus


Hoje é dia de Natal
Mas o menino Jesus
Nem sequer tem uma cama,
Dorme na palha onde o pus.

Recebi cinco brinquedos
Mais um casaco comprido.
Pobre menino Jesus,
Faz anos e está despido.

Comi bacalhau e bolos,
Peru, pinhões e pudim.
Só ele não comeu nada
Do que me deram a mim.

Os reis de longe trazem
Tesouros, incenso e mirra.
Se me dessem tais presentes,
Eu cá fazia uma birra.

Às escondidas de todos
Vou pegar-lhe pela mão
E sentá-lo no meu colo
Para ver televisão.

Luísa Ducla Soares

Pesquisando sobre poesia alusiva à época de Natal encontrei o poema de Luísa Ducla Soares, intitulado: “AO MENINO JESUS” e, achei que, pela sua simplicidade, colocado no blog, poderia agradar a miúdos e crescidos.
Aconteceu que, um ou dois dias depois, viajando no carro do meu filho, vi, esquecido sobre o assento, um caderno da pequena Marta, filha dele, que tem, neste momento 7 anos.
Curiosa, como qualquer avó, peguei nele e, lá fui virando folha por folha, mirando desenhos e escrita vária.
A certa altura, deparei com as mesmas quadras que eu havia escolhido, ali escritas pela mão da minha neta. Na escola em que anda a pequenita, este poema fora, portanto, tema de uma lição, dada a quadra que atravessamos. Foi por achar curiosa a coincidência que resolvi juntá-lo também.
O desenho que abre este post é igualmente da autoria da Marta.
M.A.

18/12/10

Descubra o artista que há em si...



Venha experimentar as nossas aulas.....


A partir de Janeiro, dada a afluência, teremos novas aulas e mais horários.

16/12/10

A GRUTA DO NATAL


Leitores:
Vamos hoje de novo até à Ilha Terceira, nos Açores.
Se bem se lembram, há algum tempo, trouxemos-lhes um post sobre o Algar do Carvão (clique aqui se o quiser recordar) e, a visita de hoje, será a um lugar um pouco semelhante e até próximo do anterior. É, igualmente, uma gruta, também de origem vulcânica, situada no interior da Ilha Terceira, dentro da Reserva Natural da Serra de Stª. Bárbara e Mosteiros Negros que começou por ser conhecida como a Galeria Negra ou Gruta do Cavalo. O primeiro nome talvez tenha vindo do facto de ela se situar, em grande parte sob a chamada Lagoa do Negro e, o segundo nome por dentro desta gruta ter sido encontrado o esqueleto de um cavalo que ali terá caído.
Uma vez mais foi a Associação de Espeleologia “Os Montanheiros” que esteve ligada à exploração e divulgação desta gruta mas, para ver todos os dados referentes a ela, nada melhor que o leitor clicar aqui e também aqui.


Uma familiar nossa, de uma visita que fez a este local trouxe fotografias, das quais, escolhemos três, para vos dar uma ideia daquilo de que estamos a falar
A nossa intenção neste curto apontamento será apenas explicar-lhes porque razão é que a dita gruta passou a designar-se Gruta do Natal:
Em 25 de Dezembro de 1969, dia em que ela foi pela primeira vez aberta ao público, teve ali lugar uma Missa de Natal celebrada por D. José Alvernaz, Patriarca da Índias. Desde então, passou a ser tradição celebrarem-se as festividades natalícias naquela Gruta, passando o povo a associá-la a este culto e, por conseguinte, a designá-la por Gruta do Natal.
Por curiosidade, saibam também os leitores que já ali se efectuou, pelo menos, um baptizado.
Acreditamos que estas cerimónias religiosas possam revestir-se de um cunho muito especial vividas num ambiente como este, no subsolo, neste cenário que acreditamos tenha sido mantido na sua rudeza natural como nos parece desejável.
Portanto, leitores, se decidirem assistir a uma missa de Natal diferente porque não irem até à Gruta do Natal nos Açores?
(As fotos que mostramos foram-nos cedidas pela Zé, a quem agradecemos)
M.A.

14/12/10

Ovelha Negra

foto minha
Afinal elas existem mesmo......


Ovelha negra


Chamaram-me ovelha negra

Por não aceitar a regra

De ser coisa em vez de ser

Rasguei o manto de mito

E pedi mais infinito

Na urgência de viver





Caminhei vales e rios

Passei fomes passei frios

Bebi água dos meus olhos

Comi raízes de dor

Doeu-me o corpo de amor

Em leitos feitos escolhos





Cansei as mãos e os braços

Em negativos abraços

De que a alma esteve ausente

Do sangue das minhas veias

Ofereci taças bem cheias

Á sede de toda a gente





Arranquei com os meus dedos

Migalhas de grão, segredos

Da terra escassa de pão

Mas foi por mim que viveu

A alma que Deus me deu

Num corpo feito razão.



Carlos da Maia / João Dias

11/12/10

Bazar de Natal SIMECQ - Presentes com imaginação

Porque espera para ir até ao nosso bazar?????


Peças de artesanato para todos os gostos e tamanhos...

Aquela peça de decoração acessível e única....

Venha às compras, sem demora!

10/12/10

Pintura sobre Porcelana



As aulas de Pintura sobre Porcelana, pela mão da Ana Oliveira, começam já em Janeiro.

O desafio fica lançado. Espreite aqui algumas peças:





Inscreva-se em:

simecq.cultura@gmail.com

Ou pessoalmente no nosso Atelier

09/12/10

GRÃO DE BICO, APRENDA QUANTO ELE VALE


Hoje, leitores, trazemos até vós uma lista enorme de boas razões para que esta humilde leguminosa, também conhecida pelos nomes de: gravanço, ervanço, ervilha-de-galinha e ervilha-de-bengala, possa ser encarada como algo que deve ser consumido mais frequentemente na nossa alimentação
O grão-de-bico é um alimento mais rico do que o feijão em muitos aspectos. Entre 20 e 30% da sua constituição é pura proteína.

Possui muitas fibras, zinco, potássio, ferro, cálcio e magnésio.

Se for consumido todos os dias, faz ganhar massa muscular, aumenta o bom humor, reduz o nível de colesterol ruim e regula o intestino. Mas, uma das suas qualidades mais famosas é de gerar felicidade: possui mais triptofano do que o feijão, o mesmo aminoácido essencial que faz do chocolate essa bela fonte de bem-estar e redução do stress.

Por ter ómega 3 e 6, é indicado para prevenir doenças cardiovasculares.

E quem tem diabetes ou está lutando contra a obesidade também pode beneficiar da leguminosa.
Tem carbohidratos complexos, ou seja, possui uma metabolização lenta no organismo.

Por também ser rico em fibras, proporciona sensação de saciedade e a pessoa só vai sentir fome bem mais tarde.

Pesquisadores destacam que as sementes do grão-de-bico também acumulam mais fitoestrogénios do que as do feijão - substâncias que têm acção preventiva na osteoporose e de problemas cardiovasculares.

Os fitoestrogénios também são usados na reposição hormonal após a menopausa.

Se após este extenso rol de predicados do grão de bico ainda quiser obter mais informação, apenas terá que clicar aqui.

E…que bom que é comer uma posta de bacalhau cozido, acompanhado com o grão-de-bico e muita cebola e salsa picadinha?! E que dizer de uma sopa de puré de grão com espinafres?! Portanto, viva pois o grão-de-bico!
(Recebido num email com mais informação da net)
M.A.

07/12/10

AMIZADE TAMBÉM É ISTO


Nunca me canso de apreciar o comportamento dos animais na convivência entre si e, quando, tantas vezes, a sua irracionalidade se equipara (ou até ultrapassa) a dita racionalidade dos humanos, fico logo desejosa, como agora, de partilhar convosco os exemplos que chegam.
Desde já vou também confessar-vos determinado segredo:_ Sou uma fã incondicional de macacos e basta surgir na TV um filme onde eles apareçam que logo fico colada ao ecran. Podem ter membros desproporcionados, serem desengonçados no andar e feios de focinho mas ninguém lhes negue inteligência, sagacidade e um certo jeito de “enfant terrible”, sempre prontos a pregar uma partidinha a quem lhes passe por perto. Depois das malandrices feitas, geralmente, rematam-nas com esgares cómicos e gargalhadas contínuas. Digamos que fazem a festa, deitam os foguetes e apanham as canas!
Mas, quando toca a transmitir ternura que bem o fazem também . Por experiência própria o sei já que , há muitos anos atrás, tivemos em nossa casa um pequeno saguim. Guardo muitas recordações e, talvez um dia, fale dele num post.


Mas, veio isto a propósito do vídeo que hoje trago e que, no original em francês, tem o título “Belíssimas imagens de uma grande amizade”.
Não sei onde isto se passa porque não encontrei nenhuma informação.
Nas primeiras imagens explicam que o orangotango estava de moral abatida o que eu traduzi como sofrendo de uma depressão. Quanto ao cão referem que terá chegado em bastante mau estado e que, de imediato, o orangotango passou a acompanhá-lo dia e noite até que ele melhorou, dando assim, ao orangotango, uma razão para viver. Deste modo se tornaram amigos, convivendo da forma que as imagens mostram. É notória, para todos nós, a ligação ternurenta que se sente entre ambos mas, julgo não me enganar também quando digo que o orangotango não abdicou da sua condição de protector do cão! É bom que haja sempre alguém que saiba mandar e quem obedeça…
O vídeo termina com a significativa frase, com a qual, penso, concordaremos todos, de que esta é realmente a verdadeira amizade, da qual os animais nos dão constantemente boas lições.
Espero que tenham gostado de mais uma história com animais.
(Recebido num e-mail)
M.A.

03/12/10

A ÁGUA É UM BEM DEMASIADO PRECIOSO PARA SER DESPERDIÇADO



Nunca será demais, leitores, chamar a atenção para que todos nós tenhamos consciência da necessidade, de evitar os desperdícios da água.
Sabemos que os recursos hídricos do planeta estão a diminuir e, em alguns pontos do globo, obter água para as necessidades mais básicas é já um problema bastante sério. A TV entra pelas nossas casas com imagens de gente que palmilha longas distâncias em busca deste bem que, sem exagero, merece a classificação de precioso.
O apelo, no vídeo que se segue, está muito bem imaginado e chega às pessoas de uma forma bastante enternecedora.




Na minha vida há um período de tempo passado na Ilha do Sal, em Cabo Verde, onde posso afirmar-vos tive um convívio humano muito rico mas, vivi também, efectivamente, a experiência da escassez da água.
Dois únicos poços existiam na ilha, o poço da Terra Boa e o Poço Verde. A água deles retirada era absolutamente imprópria para o consumo humano e até dos animais, segundo os termos da análise feita aqui em Lisboa, tendo sido mesmo aconselhado aterrar os ditos poços, uma vez que nem com a fervura se eliminavam todos os elementos nocivos daquela água.
Contudo, a verdade é que era esta a água utilizada pela população em geral!… Água engarrafada era luxo de muito, muito poucos.
Isto, decorria no ano de 1962 quando algumas unidades militares estavam lá, em comissão de serviço. As febres tifóides e outras, similares, eram uma constante. Eu própria passei um mau bocado quando elas me bateram à porta também.
Fora instalado na ilha um destilador que permitia transformar a água do mar em água potável, mas verificando-se que cada m3. saia pelo preço de Esc. 62$50, este custo foi considerado demasiado alto e, quem teve poder de decisão, mandou suspender a actividade desta instalação. Felizmente houve também, a visita de determinado Chefe Militar que, ao ter conhecimento disto, conduziu as coisas no sentido de o dito destilador voltar a funcionar outra vez.
Não vos digo qual era o paladar desta água, mas… pelo menos não voltei a ter as tais febres e, ainda por cá ando.
Já agora, deixarei mais uns episódios algo curiosos, relacionados também com a minha estada no Sal:

_ Existiam, espalhados pela ilha, uns burros pequenos, com uma cabeça enorme e rebanhos de cabras com um certo ar escanzelado. O sustento destes animais eram trapos e papel velho e, quando lhes era permitido roubar o trapo sujo de óleo que, em alguma oficina de automóveis, um mecânico tivesse deixado a jeito era dia de festa, num instante ele desaparecia goela abaixo!

Só uma única vez eu vi chover lá na ilha e , apenas, por um curto espaço de tempo. As crianças vieram para as ruas rindo, pulando, de boquitas voltadas para o alto como desejando sorver toda aquela água que caía do céu.
O solo, cor de barro, ávido de humidade, de um dia para o outro tomou-se verde, pela erva rasteira que nele nasceu. Os animais apressaram-se, a ir comer aquela apetitosa verdura mas, claro, pobres deles, pouco habituados a estes «luxos alimentares», logo ficaram com os intestinos virados do avesso, como se adivinha.
M.A.

01/12/10

ARTE FEITA COM LIXO

Leitores:

O sentido artístico de um qualquer ser humano dotado, de tudo pode lançar mão para conseguir expressar-se. Não interessa a qualidade do material que vamos empregar, importa sim a inspiração do artista e o partido que lhe é possível retirar daquilo que escolheu.
Neste caso estamos a querer dizer que a escolha feita foi lixo…sim… o que está escrito é realmente l i x o!
Foi com o desperdícios de milhentas coisas deitadas fora que se chegou ao resultado que este vídeo mostra.


Esperamos que gostem da ideia e, se se der o caso de quem nos lê ter veia artística, que se sinta tentado a experimentar também a criar a sua obra de arte, de uma outra qualquer forma, igualmente original.
Até breve.
(Vídeo recebido num email)
M.A.
Sociedade de Instrução Musical e Escolar Cruz Quebradense

Localização

Localização
Localização