Como tudo começou

14/12/10

Ovelha Negra

foto minha
Afinal elas existem mesmo......


Ovelha negra


Chamaram-me ovelha negra

Por não aceitar a regra

De ser coisa em vez de ser

Rasguei o manto de mito

E pedi mais infinito

Na urgência de viver





Caminhei vales e rios

Passei fomes passei frios

Bebi água dos meus olhos

Comi raízes de dor

Doeu-me o corpo de amor

Em leitos feitos escolhos





Cansei as mãos e os braços

Em negativos abraços

De que a alma esteve ausente

Do sangue das minhas veias

Ofereci taças bem cheias

Á sede de toda a gente





Arranquei com os meus dedos

Migalhas de grão, segredos

Da terra escassa de pão

Mas foi por mim que viveu

A alma que Deus me deu

Num corpo feito razão.



Carlos da Maia / João Dias

1 comentário:

Quica disse...

Que bela poesia!

Contraria a expressão "ovelha negra da família".

Sociedade de Instrução Musical e Escolar Cruz Quebradense

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