Como tudo começou

29/10/11

A ANÉMONA , OBRA DE JANET SCHELMAN




Caros leitores:

Por razões que não interessa explicar nesta nossa conversa de hoje, tive necessidade de ir ao Porto e, no fim da manhã de 5ª feira passada, desloquei-me a Matosinhos para fazer as fotografias que hoje vos trago. O tempo de que dispunha não era muito mas chegou para colher “estas amostras” de algo que acho extraordinariamente bonito e que se encontra na Praça Cidade de S. Salvador.
Refiro-me a uma obra de arte contemporânea, inaugurada em Dezembro de 2004, da autoria de uma norte-americana chamada Janet Schelman, por ela intitulada “She changes” mas que, rapidamente, o povo português rebaptizou de “A Anémona”, nome pelo qual passou a ser conhecida.

Digamos que a sua configuração é inspirada numa daquelas redes de pesca, usadas no nosso país, denominada “saco de pesca de cerco” e o intuito na escolha desse material foi, precisamente, homenagear os pescadores e a faina do mar.
As dimensões desta peça artística alcançam uma altura de 50 metros e o arco tubular, de aço, que a circunda na parte superior mede 42 metros de diâmetro. A sustentação é feita com três enormes mastros e vários cabos de aço.
Para a peça original estudaram e criadram um fio especialmente para este fim, a que chamaram “tenara” mas a sua duração, acabou por ser, apenas, de cerca de três anos. A segunda versão feita durou ainda menos e, segundo creio, esta que fotografei é, então, já a terceira.
Sei, também, que houve um litígio entre a Câmara de Matosinhos e a escultora por a rápida deterioração do material não se coadunar com os 500 mil euros que foram pagos à artista. Penso que foi dada razão a Matosinhos e que a reposição foi feita a expensas da escultora.
Mas, vou de novo referir-me à beleza que se oferece aos nossos olhos. Consoante o vento circula em seu redor ou a luz do Sol incide sobre esta enorme rede encarnada e branca, de minuto a minuto tudo se transforma, sucedendo-se imagens realmente bonitas e que, que de certo modo nos recordam os animais marinhos com o mesmo nome. Sei que de noite, com a iluminação ali usada, o seu encanto é ainda maior. Espero ter oportunidade de poder, uma noite, ir fazer também mais fotos que aqui vos mostrarei.
Relevem, os leitores, a pouca qualidade da fotógrafa com a boa vontade da mesma…
E, quando puderem, os que ainda não conhecem isto, vão até lá e julguem por
vós mesmos.
A última foto mostra umas gaivotas que se encontravam activamente à cata de alimento naquela poça com água. De repente, um cachorro brincalhão investiu sobre o bando e foi um tal de dar “às de Vila Diogo”! Nem uma lá ficou! Então o dito “quatro patas” ladrou e pulou de contente em redor do dono, como que a pedir aplausos, pela partida que pregara às gaivotas, interrompendo-lhes a refeição!
Pergunto a mim mesma, se meia dúzia daquelas gaivotas, com o seu bico afiado não teriam feito frente àquele importuno, mantendo-o à distância?!
Até breve.
M.A.

28/10/11

A ASPIRINA, SABE O QUE É?



É da casca do salgueiro que vem o princípio activo da aspirina.
A salicina e o salicilato, extraídos dessa árvore, eram usados contra a cefaleia na Mesopotâmia, 3 mil anos a.C.
No entanto, a aspirina foi patenteada pela indústria alemã Bayer em 10 de Outubro de 1897.
O químico Felix Hoffmann, com a ajuda do professor Henrich Dreser, sintetisou o ácido acetilsalicílico para aliviar as dores reumáticas do seu pai.
O nome mais popular do século foi formado assim “a” vem de acetil; “spir” é a raiz do ácido epírico (substância quimicamente idêntica ao ácido acetil salicílico); e o “ina” é um sufixo que se adicionava ao nome de todos os medicamentos no final do Século XIX.
(Recebido num e-mail)
Nota da autora do post – Se acaso pretender obter mais pormenores técnicos sobre este medicamento, um dos mais conhecidos e usados em todo o mundo, queira clicar aqui.
M.A.

26/10/11

ESCULPIR NAS PONTAS DOS LÁPIS

Dalton Guetti é um brasileiro que vive nos Estados Unidos, mais propriamente em Bidgeport, Connecticut. É carpinteiro de profissão e tem agora 50 anos de idade.
Ainda criança descobriu em si a habilidade e o gosto pela escultura e lá começou utilizando alguns materiais, como cascas de árvore, giz e até sabão. Mas um dia experimentou a grafite e achque nela se devia fixar.
Ao mesmo tempo tomou o gosto por esculpir miniaturas e, então, foi nos bicos dos lápis com grafite nº 2 que Dalton concentrou a sua inspiração, transformando alguns deles em verdadeiras obras primas.
Este artista não trabalha com auxílio de quaisquer lentes e, como ferramentas, apenas usa lâminas e agulhas de costura. Trabalhar apenas 1,30 horas diariamente, se possível sob a luz solar, para que os seus olhos não se estraguem demasiado.
São inúmeras as peças que já executou e que se encontram espalhadas pelo mundo inteiro.
O seu projecto mais recente, segundo as suas próprias palavras, é esculpir em lápis uma pequena lágrima por cada vítima mortal dos atentados de 11 de Setembro de 2001, em Nova Iorque. Serão assim 3 000 lágrimas que, todas em conjunto, formarão uma lágrima grande. Ele julga que irá precisar de dez anos para concluir esta obra que, diz, constituirá a sua homenagem às vítimas que pereceram nesta tragédia.




































































Apreciem agora todas estas minúsculas obras primas que aqui deixamos em fotos.
(Recebido num e-mail)
M.A.

24/10/11

O PRIMEIRO PRÉMIO NOBEL



A 10 de Dezembro de 1901, Estocolmo organizou a primeira cerimónia dos prémios Nobel, cinco anos depois da morte do seu mentor, Alfred. Desde então que as figuras mundiais que se destacam na Física, na Química, na Medicina e na Biologia, Economia, Literatura e Paz recebem a sua medalha, diploma e prémio pecuniário, ainda agora o mais prestigiado no mundo.


Mostramos as fotos do Nobel da Paz de 1901 que foi dividido entre Frédéric Passy e Henry Dunant.


Nota da autora do post:- Texto e fotos dos vencedores do Nobel da Paz de 1901 retirados da páginas das efemérides de há 110 anos atrás, da revista “COFRE”. Foto de Alfred Nobel retirada da net.

M.A..

23/10/11

Um flor para uma grande amiga


Com a lente e a objectiva
apanhei esta linda flor
para a dar a uma amiga
que tem para mim muito valor

É uma amiga das grandes
compreensiva, paciente
lutadora e persistente
solidária, decidida
dá a mão a toda a gente
gosta de sentir calor
recebe e dá muito amor
quero ter sempre esta amiga
ao longo da minha vida!


Fotografia e poema meu
FC

22/10/11

GLOBALIZAÇÃO O QUE É?




Achamos que um pouco de bom humor faz sempre bem e, portanto, convidamos hoje os nossos leitores a procurarem responder à pergunta que se segue.


Se acaso não vos ocorrer a resposta, não se importem, apenas terão que continuar a leitura que além de vos “elucidar”, também vos deixará com um sorriso nos lábios…


Pergunta-se:_Qual é a mais correcta definição de Globalização?

Resposta:_A Morte da Princesa Diana.


_E por quê? Será a pergunta que vem a seguir.
Ora reparem bem:

Uma princesa inglesa, com um namorado egípcio, tem um acidente de carro dentro de um túnel francês, num carro alemão com motor holandês, conduzido por um belga, bêbado de whisky escocês, que era seguido por paparazzi italianos, em motos japonesas.
A princesa foi tratada por um médico canadiano, que usou medicamentos americanos. Isto foi-te enviado num e-mail por um português, usando tecnologia americana (Bill Gates) e provavelmente, foi lido num computador genérico que usa chips feitos em Taiwan com um monitor coreano montado por trabalhadores do Bangladesh, numa fábrica de Singapura, transportado em camiões conduzidos por indianos, roubados por indonésios, descarregados por pescadores sicilianos, reempacotados por mexicanos e, finalmente, vendido a ti por chineses, através de uma conexão paraguaia.


Ora, querem um melhor exemplo do que é GLOBALIZAÇÃO?


Passaram alguns momentos divertidos? Foi essa a nossa intenção ao decidimos trazer este texto aqui ao blog.

Até breve, leitores.
(Recebido num e-mail)
M.A.

19/10/11

LÂMINAS DE BARBEAR GILETTE



King C. Gilette inventou as lâminas de barbear descartáveis. Em 1901 abre a empresa que viria a ter o seu nome e, em 1903 vende 165 lâminas e no ano seguinte 123.648.


Segurar duas pequenas lâminas num suporte em T e poder reutilizá-las foi dos inventos mais revolucionários do século XX.


Os militares em guerra que o digam, pois foram eles os grandes utilizadores desta inovação.


Nota da autora do post: - Texto e Foto retirados da "Página das efemérides de há 110 anos atrás," da revista “COFRE”.

M.A.

17/10/11

ALBRECHT DÜRER E O SEU QUADRADO MÁGICO



Albrecht Dürer nasceu em Nuremberga, em 21 de Maio de 1471 e morreu na mesma cidade em 6 de Abril de 1528. Tinha apenas 56 anos de idade e muito mais haveria ainda a esperar do seu talento.
Começou por exercer a profissão de ourives, como seu pai, mas acabou por passar à história notabilizando-se em vários outros campos, dado o seu contínuo interesse pelo estudo, viagens, etc.Teve inúmeros contactos com homens de ciência, da pintura, das letras, do seu tempo. Como por exemplo, Erasmo de Roterdão.
Ficou talvez mais conhecido como gravador, pintor e ilustrador, mas a certa altura da vida passou a interessar-se, igualmente, pela matemática, geografia, geometria arquitectura e fortificações. Se o leitor clicar aqui terá à sua disposição mais pormenores da sua biografia. Quem nos leia deve estar já a estabelecer um paralelo de Dürer com Leonardo da Vinci, igualmente um artista multifacetado, que se distinguiu em tudo aquilo que fez.
Hoje, porém, se estamos a trazer esta personagem histórica aqui ao blog é para vos dar a conhecer um quadro mágico criado por si e que aparece incluído, como elemento decorativo, numa das gravuras que executou, em 1514, denominada Melancolia.




O vídeo que apresentamos e, do qual desconhecemos o autor, irá mostrar-vos a curiosidade deste quadro mágico, Cremos que vos irá fazer passar uns momentos agradáveis verificando como as diferentes somas batem todas certo.
Para quem queira saber mais alguma coisa sobre a história dos quadros mágicos, também só terá que clicar aqui.
E pronto, aqui terminamos este breve apontamento.
(Vídeo recebido num e-mail. Pesquisa para a foto e para o texto feita na Net)
M.A.

15/10/11

Quando as pétalas começam a cair....



Era um namorico pegado entre a flor e o seu canteiro


Quando ele adoeceu apressou-se a ficar melhor, a superar, porque queria estar junto da sua flor e dar-lhe atenção e momentos de alegria


Um dia percebeu que ela estava doente.


Ficou triste e preocupado, mas arranjou força para a animar…


Ambos viam que estavam a definhar, a velhice e a doença estavam a querer ser mais fortes, mas eles olhavam em frente, queriam viver.


A vida pregou-lhes algumas partidas, mas eles que sempre estiveram juntinhos, sabiam muito bem como ultrapassar contrariedades.


Os amigos iam visitá-los e até lhes punham água e fertilizantes. Tiravam as ervas daninhas do caminho… eram amigos de verdade!


Um dia a flor ia deixando cair as suas pétalas até que um dia caiu mesmo e não voltou a erguer-se.


O canteiro ficou muito triste, era grande a sua dor.

Os amigos lá foram a correr.

À flor, iam prestar a sua última homenagem, ao canteiro, dar um abraço apertado


Já não fazia falta mais água. O canteiro não queria mais flores no seu espaço! Tinha sido aquela a única da sua vida.


Que importa agora, que cresçam as ervas daninhas !!!!


FC
Texto e foto

13/10/11

CAMPANHA DE POUPANÇA DA ÁGUA




Há quem afirme que o ouro do nosso futuro é a água e eu estou inteiramente de acordo com esta afirmação.

E, de certeza, de que todos os leitores que me lêem dirão precisamente o mesmo.
Cada vez mais as reservas do planeta se esgotam e em muitos pontos do globo a escassez deste precioso líquido é já uma tão penosa realidade que se traduz em condições de vida inacreditáveis. Todos os dias a televisão nos coloca perante imagens que nos podem chocar mas que reflectem a verdade de vida de muita gente.

Não é portanto descabido, vir, uma vez mais, falar neste assunto, sensilizando todas as consciências para a necessidade de usar com o maior bom senso aquela água que, felizmente, ainda corre nas torneiras das nossas casas.






Como é certo e sabido que uma imagem tem uma importância imensamente superior às palavras eu não quis deixar passar a ocasião sem aproveitar as deste vídeo para, junto dos nossos leitores abordar o assunto em título. Reparem que adequada e sugestiva é a frase que aparece no final do filme:_Se ele pode, porque não podemos nós?
Vamos pois entrar todos nesta campanha para que não se desperdice nem sequer uma gota de água!
M.A.

11/10/11

DIFERENÇA ENTRE RICOS E POBRES




Desta vez, leitores, estamos a apresentar-vos uma brincadeira cuja leitura, esperamos, vos faça despertar um sorriso nos lábios. No dia a dia também precisamos de contrabalançar as arrelias da vida com algum humor saudável.

Rico de uniforme: Coronel. Pobre de uniforme: Porteiro.
Rico com uma arma: Praticante de tiro. Pobre com uma arma: Assaltante.

Rico com uma pasta: Executivo. Pobre com uma pasta: Paquete.

Rico com motorista: Milionário. Pobre com motorista: Preso.
Rico de sandálias: Turista. Pobre de sandálias: Mendigo.

Rico que come muito: Gastrónomo. Pobre que come muito: Esfomeado.

Rico a jogar bilhar: Elegante. Pobre a jogar bilhar: Viciado no jogo.

Rico a ler um jornal: Intelectual. Pobre a ler um jornal: Desempregado.

Rico a coçar-se: Alérgico. Pobre a coçar-se: Sarnento.

Rico a correr: Desportista. Pobre a correr: Ladrão.

Rico vestido de branco: Doutor. Pobre vestido de branco: Empregado de Drogaria.

Rico a pescar: Lazer. Pobre a pescar: Esfomeado.

Rico a subir um Monte: Montanhista. Pobre a subir o Monte: De volta a Casa.

Rico num restaurante: Cliente. Pobre num restaurante: Criado.

Rico bem vestido: Executivo. Pobre bem vestido: Corrupto.

Rico barrigudo: Bem sucedido. Pobre barrigudo: Cirrose.

Rico a coçar a cabeça: A pensar. Pobre a coçar a cabeça: Piolhoso.

Rico parado na rua: Peão Pobre parado na rua: Suspeito.

Rico de fato: Empresário. Pobre de fato: Defunto.

Rico a conduzir um Mercedes: Proprietário do carro. Pobre a conduzir um Mercedes: Motorista. Rico na loja: "Eu compro." Pobre na loja: "Estou só a ver."

Rico a chorar: Sensível. Pobre a chorar: Piegas.

Rico com dor de barriga: Desarranjo Intestinal .Pobre com dor de barriga: Diarreia.


Que o sorriso que adivinhamos no rosto do leitor se prolongue pelo resto do dia. Até breve.

(Frases recebidas num e-mail)
M.A.

09/10/11

SIMECQ - comemora hoje o 131º aniversário

Um dia,

Naquele pequeno lugar,

Mas com gentes de alma grande,

Generosa e empreendedora.

Gentes do querer fazer,

Talvez menos do saber,

Mas muito do saber fazer.

Naquele pequeno lugar,

Cruz Quebrada de seu nome,

Lugar de tantas vicissitudes

Retiro de monges,

Pouso de realezas e poetas,

Veraneio privilegiado para alguns,

Local de vida dura para outros.

Dura, mas partilhada e solidária.

Assim, um dia,

Naquele pequeno lugar,

Nasceste mulher.

Pela mão de homens é certo.

Homens dispostos a tudo fazer por ti.

Fazer-te crescer,

Enobrecer-te.

Decididos a fazer de ti,

A flor,

A luz,

O alento das suas vidas.

Naquele pequeno lugar,

Serias o verde naquelas vidas cinzentas.

Curioso!

Nasceste mulher pela mão de homens.

Talvez ciosos.
Que não permitiam que outras mulheres te ajudassem a crescer
Nasceste mulher,

Para ser de todos,

E não seres de ninguém.

Um dia,

Naquele pequeno lugar,

Nasceste mulher.

Pela mão de homens.

Foste chamada de Sociedade.

Naquele Outono de 1880,

Curiosamente com o cair da folha,

Talvez para que na Primavera,

Pudesses florescer em força,

Trazendo as primeiras alegrias,

Às gentes daquele pequeno lugar.

Bem-haja o dia em que nasceste,

E os que decidiram criar-te

Sabes, 130 anos depois,

Atravessados três séculos,

Alguns, menos atentos,

Poderiam pensar que está velha,

Que estás esgotada,

Desfasada até da modernidade.

Pobres loucos que assim possam pensar.

Não te conhecem.

Talvez nunca te tenham sentido.

Talvez não saibam que,

Mesmo quando te magoam,

Tu perdoas e ficas mais forte.

Só os verdadeiramente fortes,

Podem ser magnânimos como tu.

E tu, foste, continuas a ser,

Uma mulher forte capaz de amar como mãe,

Como madrinha,

E algumas vezes apenas simples referência,

Mas sempre capaz de perdoar.

Foi com a musica que começaste,

A ser o Abrigo e o espaço de folia,

Dos que te tinham criado.

Mais tarde o ensino.

Para suportar o que o Pai Estado não foi capaz de fazer.

A Escola acabou por ser uma menina,

A menina dos teus olhos.

Podiam ter sido seis meses,

Podiam ter sido seis anos,

Mas foram seis décadas.

Quando mataram esta tua filha,

Choraste lágrimas de sangue e saudade.

Quantas gerações passaram pela tua vida,

Pelas tuas entranhas.

Quantos Homens e mulheres,

Cresceram no teu seio?

Quantas gentes deste ao mundo,

Mais capazes,

Mais autónomas.

Mas ficou uma ponta de vaidade.

O teu empenho e dedicação,

Granjearam-te duas grandes distinções.

Foste Cavaleiro da Ordem de benemerência,

Foste Instituição de Utilidade Publica pela mão do Presidente da Republica.

Mais tarde,

Foste também nome de Rua.

Uma gentileza do antigo regime.

Mas tu,

Apesar de agradecida,

Mantiveste a isenção que sempre te caracterizou,

Fiel ao espírito dos que te criaram.

Foste sempre fiel nos princípios,

Mas promíscua nos amores.

A música foi outra das tuas paixões.

Quase te babavas,

Quando, ouvindo a banda,

Que tinha nascido de um pequeno grupo,

Já fazia concertos no velho coreto.

Ha!

Como te agradavam aqueles homens simples,

De bigode farfalhudo,

Na sua farda garbosa,

Fazendo a delícia das gentes que os ouviam.

Também deste amor tiveste que dazer o luto.

Sinal dos tempos,

Parcos de meios?

Claro que sim!

Mas a modernidade,

Como alguns dizem,

Trouxe o desporto que não seria menos importante.

E mais uma vez,

Como mulher inteligente,

Não podias deixar que os teus filhos ficassem de fora.

A Laranjinha,

A natação no Rio,

O futebol ocasional,

Foram o dealbar da tua nova grande paixão.

O Basquetebol emergente.

Tu renasces sempre da adversidade,

Sempre foste uma lutadora.

Morre a Banda,

Nasce o Teatro.

O basquetebol torna-se a modalidade eleita.

Tu és assim!

Não morres, adaptas-te.

Por isso não ficas velha.

Tiveste filhos que te amaram!

Até a exaustão.

Tu sabes quem são,

Mas não fazes escolhas.

Entende-se!

Foram importantes em cada momento.

Seria injusto eleger algum.

A tua vida,

Como a de todos nós,

Está cheia de sucessos e insucessos.

Viveste vários lutos,

Mas muitos sucessos.

A escola morreu,

Uns Senhores cinzentos,

Acharam que solidariedade seria uma questão menor.

O teatro finou-se ainda que temporariamente.

Talvez porque as gerações mudam.

Apenas tu continuas porque és intemporal.

Mesmo nos momentos de luto,

Tiveste os teus júbilos,

Que viveste com a serenidade,

Da senhora centenária que és.

No desporto,

Foste Campeã Nacional,

Campeã Ibérica e até campeã Mundial.

Terás sido demasiado modesta?

Não!

Foste uma Mãe orgulhosa e comedida.

A mesma Mãe,

Que durante 40 anos,

Lutou por uma nova casa,

Capaz de realizar melhor os seus filhos,

De lhes proporcionar um crescimento mais equilibrado.

Aquela inauguração,

Deixou-te um brilho nos olhos.

Sabemos que sim!

Foi talvez o inicio,

Do teu ciclo mais dourado.

Aos 130 anos,

És uma mulher rejuvenescida.

Que maior elogio se te poderia fazer?

Mas é verdade!

A tua dimensão desportiva e cultural,

Nunca esteve tão alta.

Hoje,

Orgulhaste e envaideces-te,

Com o basquetebol,

Com as artes tradicionais,

Com a dança,

Com as artes marciais.

E como estás feliz,

Com o regresso da banda e do teatro.

Estás vaidosa,

Mas não por ti.

Vaidosa por servir aquele pequeno lugar que te viu nascer,

Por servir a tua Freguesia,

Por servir o teu Concelho e o teu Pais.

Quão orgulhosos se devem sentir os que um dia te criaram.

Por servires!

Por continuares,

Tanto tempo depois,

A servir Portugal.

Bem hajas SIMECQ.


Poema da autoria do nosso associado Mário Salgado

(já publicado anteriormente aqui)

08/10/11

BEETHOVEN NO RESTAURANTE JAPONÊS




Talvez este título vos pareça estranho mas eu já explico do que se trata.
No Japão, um grupo vocal resolveu fazer uma paródia musical, usando a 5ª Sinfonia de Beethoven. O resultado saiu bastante interessante e pareceu-me adequado para trazer aqui ao blog.
A cena passa-se num restaurante onde uma família decide tomar o seu pequeno almoço (asagohan).
Discutem entre si se comerão uma mistura de arroz (maze gohan) se apenas arroz branco (shiro gohan).
Como a discussão se prolonga bastante, a hora do pequeno almoço passa e, entretanto chega a altura de ir preparar já o almoço!
Convido-vos pois, através do costumado clique aqui a escutardes este interessante arranjo vocal. Oxalá seja do vosso agrado.

M.A.

06/10/11

QUANDO CRIANÇA, EU RECITAVA ISTO:



Um dia destes dei comigo a recordar duas curtas rimas que costumava dizer, quando criança, para a minha família.
Fazia-o geralmente empoleirada numa cadeira, feliz pela importância que os assistentes familiares me dispensavam e depois me tributavam em calorosas palmas.
Penso que, na altura, estas lengalengas eram bastante populares, portanto, quem sabe, com elas, eu irei despertar recordações semelhantes em algum dos nossos leitores…

O SERMÃO DE S.COELHO

O sermão de S. Coelho
Com seu barrete vermelho
Sua espada de cortiça
Mata a carriça!
A carriça deu um berro
Que toda a gente atormentou
Só cá esta menina
É que não se importou!

À MORTE NINGUÉM ESCAPA


À morte ninguém escapa,

morre o rei, morre o bispo, morre o papa.

Mas eu não morrerei!

Compro uma panela,

que me custa um vintém.

Meto-me dentro dela

e tapo-me muito bem.

Então a morte passa e diz:

- Truz, truz! Quem está ali?

- Aqui? Aqui não está ninguém!

Adeus meus senhores e…

passem muito bem!
M.A.

04/10/11

TERREMOTOS

Gravura alusiva ao terremoto de 1775, em Lisboa






Julgo que qualquer de nós se impressiona ao ouvir esta palavra, pois ela logo nos faz vir à mente recordações desagradáveis!
Volta e meia os jornais e outros meios de comunicação referem a ocorrência, em qualquer ponto do globo, de um fenómeno destes, frequentemente acompanhado de um número bastante alargado de estragos materiais e perda de vidas.
Estes abalos sísmicos são classificados em diversos graus das escalas de Richter ou Mercali e aparecem igualmente seguidos dos chamados tsunamis que têm, na língua portuguesa, a tradução de maremotos.
Portugal teve na sua história, precisamente em 1 de Novembro de 1775, um terrível terremoto que quase destruiu Lisboa a arredores. A ele se seguiu um grande maremoto e incêndios , igualmente devastadores. Esta enorme tragédia veio a dar origem à principal obra do Marquês de Pombal que foi a reconstrução da nossa capital, no traçado que ainda mantém, no seu centro, a designação curiosa de “Baixa Pombalina”.
Mas, penso que todos nós gostaremos, por certo, de saber um pouco mais sobre estes fenómenos e, em especial, o que os provoca. Portanto, como me chegou às mãos informação bastante acessível e pormenorizada sobre o assunto eu achei que deveria partilhá-la convosco. Daí o convidar-vos, caros leitores, a fazerdes o habitual clicar aqui. Depois, bastará ir clicando nas setas para ir aparecendo todo o texto. Embora ele esteja em espanhol, parece-me que será fácil entender o seu conteúdo.
Espero que o assunto de hoje, pela importância de que se reveste, mereça o vosso interesse.

M.A.

02/10/11

FÁTIMA




Hoje, venho convidar os leitores a acompanharem-me num passeio virtual por Fátima.
Em 9/5/2008 já aqui falei sobre a Igreja da Santíssima Trindade, que tinha visitado dias antes, e da qual fizera umas tantas fotos. Se quiserdes recordar o que na altura vos disse apenas tereis que clicar aqui.




Este vídeo que agora trazemos é bastante mais abrangente pois, além da Igreja já referida e que foi afinal a obra de vulto, mais recente no Santuário, mostra a Basílica antiga, a colunata que a ladeia, o altar exterior onde se celebram as cerimónias das peregrinações principais, a Capelinha das Aparições, etc.
Nele se destacam também algumas obras de arte que por ali se encontram e se referem dados históricos bastante interessantes, tanto sobre os autores destas peças, como sobre outros assuntos também relacionados com a já longa história do Santuário. Lembro, por exemplo, a referência à azinheira grande que pouca gente saberá ser contemporânea do mesmo ano das aparições e a única ali ainda existente.
Penso, portanto, que neste passeio todos aprenderemos um pouquinho mais ao mesmo tempo que passaremos uns momentos agradáveis.

(Vídeo recebido por e-mai)


M.A.

Sociedade de Instrução Musical e Escolar Cruz Quebradense

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