Como tudo começou

30/03/12

ESCOLHA OS SEUS NOVOS SAPATOS

Caras leitoras:

Entradas que somos, nós mulheres, nesta Primavera, porquê não pensar já na renovação do guarda roupa e, muito especialmente em arranjar sapatos novos?
Alguém falou em crise?



Ora deitemos isso para trás das costas, porque, perante tanta imaginação na criação do calçado que aqui trazemos hoje, nãi vai haver dona que resista a enfiar o seu pezinho numa maravilha destas!
Duma coisa estamos certas, quando sair à rua assim calçada não vai, com certeza passar despercebida.
A dificuldade estará apenas na escolha dos modelos.








Depois de, segundo esperamos, vos termos feito sorrir com as sugestões apresentadas, despedimo-nos com a amizade de sempre.
M.A  
 P.S.- Se acaso torcer um pé, por favor não nos responsabilize.




28/03/12

FALANDO DE ÁRVORES E NÃO SÓ


Pelo ramo materno descendo de uma família de lavradores e sempre dei conta do amor que o meu avô tinha pela plantação e cultivo de árvores de fruto. Nas suas deambulações pela aldeia, se numa valeta uma pequena semente tivesse germinado, fazendo nascer um caule e meia dúzia de folhas, nos quais ele reconhecesse uma fruteira qualquer, era certo e sabido que logo a trazia, agarrada ao torrão, para que as raízes não sofressem com a mudança de local.

Na quinta onde morava existia portanto uma grande variedade de fruteiras e ele sabia a história de cada uma delas e explicava as enxertias que lhes fizera para que viessem a produzir determinada variedade de fruto. Inclusivamente teve paciência para me ensinar a executar alguns dos enxertos que se usavam e que, mais tarde, orgulhosamente, eu via “pegarem”, como se dizia na altura.

Ali, num pequeno jardim, com um lago ao centro havia até uma citrina que curiosamente, em cada galho, dava diferentes espécies de fruto:_laranjas, limões, limas doces e tangerinas…

Esta incursão ao baú das minhas recordações surgiu por me terem chegado, num e-mail, estas fotos que estou a partilhar convosco.

Alguém, com conhecimentos e bastante paciência, soube transformar o caule de uma árvore numa confortável cadeira. Como diria o nosso saudoso Fernando Pessa:_ E esta hein?

M.A.

26/03/12

POLKA CORAL


Hoje temos música e, por certo, que dada a alegria da peça e a qualidade da interpretação que ides ouvir, ela vos deixará satisfeitos e de sorriso no rosto. Penso que depois destes minutos passados em convívio com os sons de vozes tão afinadas, todos iremos retomar as tarefas do dia com uma melhor disposição. Digam lá se me engano.
Está na altura de vos convidar ao habitual clique aqui.
Espero ter ido ao encontro do vosso gosto também e despeço-me de todos com um até breve, com outro qualquer tema de conversa.
M.A.

24/03/12

COMO AS CRIANÇAS VÊEM O MUNDO




PACIÊNCIA é aquilo que mamãe está sempre a perder
RELÂMPAGO é um barulho rabiscando o céu
PALHAÇO é um homem todo pintado de piadas
SONO é saudade de dormir
ARCO ÍRIS é uma ponte de vento
DESERTO é uma floresta sem árvores
FELICIDADE é uma palavra que tem música
REDE é uma porção de buracos amarrados com barbante
VENTO é ar com muita pressa
COBRA é um bicho que só tem rabo
HELICÓPTERO é um carro com ventilador em cima
ESPERANÇA é um pedaço da gente que sabe que vai dar certo
ALEGRIA é um palhacinho no coração da gente
AVESTRUZ é a girafa dos passarinhos
CALCANHAR é o queixo do pé
MENTIRA (ouve-se o estraçalhar de um vidro no banheiro e o menino grita: “_É mentira do barulho! ”
BRUXA é uma fada que ficou velha e perdeu a dentadura
ENGRAÇADO é o meu boletim do mês passado, porque o deste mês não tem graça nenhuma
ESCURO tenho mais medo de avião que de escuro. É que escuro, não voa nem cai
GÉMEAS eu vi duas meninas de cara repetida
MÃE, quando tu eras pequenina quem era a minha mãe?
INICIATIVA o meu namorado tem iniciativa, o que ele não tem é acabativa
ORGULHO, é o anão pensar que é gigante e a lagartixa pensar que é crocodilo
CABELO é uma coisa que serve para a gente não ficar careca
DIA: Hoje é amanhã de ontem
NOITE é o dia com luz apagada
ELECTRÕES : são os micróbios da electricidade
BOCA é a garagem da língua
REFLEXO é quando a água do lago se veste de árvores
LEQUE é um espanador de ventinho
NEVOEIRO é a poeira do frio
MISTÉRIO é uma coisa que a gente não sabe explicar direito e, quando explica, já não é




Definições colhidas no “Dicionário do Humor Infantil”, publicado em 1998, por Pedro Bloch que foi um médico, de origem ucraniana,  que  mais tarde, se naturalizou brasileiro. Foi também jornalista, dramaturgo, compositor, poeta , bem como autor de mais de cem livros, muitos desses dedicados ao público infanto-juvenil.
Espero ter-vos deixado com um sorriso nos lábios.
M.A.

22/03/12

ORLOJ, O VELHINHO RELÓGIO ASTRONÓMICO DE PRAGA

Praga, capital da república checa tem, na chamada Praça Velha um dos relógios astronómicos mais antigos do mundo. É da época medieval uma vez que vem desde 1410 e ocupa o terceiro lugar em antiguidade. O “decano destes relógios” é o que se encontra em Pádua e que terá sido construído em 1334. Mas, poderá saber isto e muito mais sobre este curioso relógio de Praga se  clicar aqui.

Hoje, queremos partilhar com os nossos leitores algumas fotos do Orloj que nos foram enviadas por um amigo:









Eu já tive ocasião de estar junto deste relógio numa viagem feita por estas paragens. Recomendo a quem tenha oportunidade de visitar esta cidade que o faça, com a certeza de que não se arrependerá.
Até breve leitores.
M.A.

20/03/12

CURIOSIDADE NAS RUÍNAS DE MACHU PICCHU


Se repararmos nesta primeira foto não iremos encontrar nada de especial mas, todos sabemos que os Incas fizeram coisas muito para além daquilo que podemos imaginar.
É que afinal há mesmo algo de realmente interessante nesta imagem que nos passa despercebido.
Apenas teremos que rodar a foto e olhar de novo.

Vamos então encontrar um rosto humano formado pelos relevos da montanha ao fundo das Ruínas de Machu Picchu.
Mais interessante ainda será observar este rosto no próprio local.
Que magníficos escultores foram os Incas!

(Recebido num e-mail)
M.A.

18/03/12

A ARTE NUMA CHÁVENA DE CAFÉ



A arte pode ter muito a ver com a técnica e o ensino mas, primeiro que tudo nasce na imaginação de alguém. É aí que começa tudo e, de um nada, se há inspiração, num instante surge algo que nos maravilha.

Desta vez, vejam os leitores, a uma simples chávena onde iremos servir um café, vamos adicionar umas natas ou um pouco de chocolate e, com a ponta de um palito mais…a tal imaginação e inspiração logo faremos surgir diversas coisas bem giras.

Procurem aprender neste vídeo que aqui deixo. Depois, numa reunião de amigos vamos lá lançar-lhes o desafio para cada um mostrar o que é capaz de fazer. Tentar não custa e pode ser que surjam novos talentos.
Fiquem bem.
M.A.

16/03/12

ESCALADA DA TORRE DOS CLÉRIGOS EM 1917



Será que os nossos leitores sabem que a Torre dos Clérigos, no Porto, foi escalada por dois acrobatas galegos, em Julho de 1917?
Pois assim aconteceu, dois acrobatas, pai e filho, de nomes D. José e D. Miguel Puertullano, ao que se diz para fazerem promoção de uma marca de bolachas, escalaram, sem quaisquer instrumentos de ajuda, os 76 metros de altura que a torre tem.
Uma vez lá no alto ainda fizeram ainda umas acrobacias na cruz que existe a rematar a torre. Espalharam depois pelo ar o que parecem ser papelinhos coloridos (a). Cá em baixo havia uma enorme multidão observando tudo isto.
E para vos mostrar esta aventura temos mesmo um vídeo de cerca de 8 minutos que foi feito a partir do filme efectuado na altura, por Raul de Caldevilla. Chamo a vossa atenção para a forma como estão vestidos os acrobatas. Calças e camisa e… nem sequer faltou a gravata!
Assim, clicando aqui, tereis oportunidade de desfrutar esta fantástica façanha. Espero que vos seja agradável toda esta sequência de imagens, infelizmente sem qualquer som.

(Filme enviado por um amigo. A foto de abertura foi feita pela autora do post e mostra a parte superior da torre dos Clérigos vista do lado da cadeia da Cordoaria, enquadrada por fachadas e telhados de prédios antigos)
(a) - Numa pesquisa posterior soube que os referidos papelinhos eram publicidade a umas bolachas de uma fábrica portuense. Lá no alto da torre, antes, eles haviam tomado chá acompanhando-o com as ditas bolachinhas.
M.A




15/03/12

Tango Argentino - Salão Nobre SIMECQ 31 Março 2012 (16 às 19h)



Estão todos convidados  a aparecer no nosso Salão Nobre para esta experiência gratuita



A sobretudoTANGO vai realizar uma aula aberta  (gratuita) para todos os que tenham curiosidade em ter um primeiro contacto com esta dança da nossa eleição.
Será, claro, apenas um suave cheirinho, mas que dará as noções fundamentais e poderá abrir o seu apetite para aprofundar o paladar. Mais informações no cartaz.

Se julga que é "pé de chumbo", venha experimentar e verá que é mentira!
Maria João e Eliseu

14/03/12

ACORDO ORTOGRÁFICO – José Manuel Fernandes


Tem-se falado muito do Acordo Ortográfico e da necessidade de a língua evoluir no sentido da simplificação, eliminando letras desnecessárias e acompanhando a forma como as pessoas realmente falam .
Sempre combati o dito Acordo mas, pensando bem, até começo a pensar que este peca por defeito. Acho que toda a escrita deveria ser repensada, tornando-a mais moderna, mais simples, mais fácil de aprender pelos estrangeiros .
Comecemos pelas consoantes mudas: deviam ser todas eliminadas .É um fato que não se pronunciam .Se não se pronunciam, porque ão-de escrever-se ?
O que estão lá a fazer ? Aliás, o qe estão lá a fazer ?
Defendo qe todas as letras qe não se pronunciam devem ser, pura e simplesmente, eliminadas da escrita já qe não existem na oralidade .
Outra complicação decorre da leitura igual qe se faz de letras diferentes e das leituras diferentes qe pode ter a mesma letra .
Porqe é qe “assunção” se escreve com “ç” e “ascensão” se escreve com “s” ?
Seria muito mais fácil para as nossas crianças atribuír um som único a cada letra até porqe, quando aprendem o alfabeto, lhes atribuem um único nome. Além disso, os teclados portugueses deixariam de ser diferentes se eliminássemos liminarmente o “ç” .Por isso, proponho qe o próximo acordo ortográfico elimine o “ç” e o substitua por um simples “s” o qual passaria a ter um único som .
Como consequência, também os “ss” deixariam de ser nesesários já qe um “s” se pasará a ler sempre e apenas “s” .
Esta é uma enorme simplificasão com amplas consequências económicas, designadamente ao nível da redusão do número de carateres a uzar. Claro, “uzar”, é isso mesmo, se o “s” pasar a ter sempre o som de “s” o som “z” pasará a ser sempre reprezentado por um “z” .
Simples não é? se o som é “s”, escreve-se sempre com s. Se o som é “z”escreve-se sempre com “z” .
Quanto ao “c” (que se diz “cê” mas qe, na maior parte dos casos, tem valor de “q”) pode, com vantagem, ser substituído pelo “q”. Sou patriota e defendo a língua portugueza, não qonqordo qom a introdusão de letras estrangeiras. Nada de “k” .Ponha um q.
Não pensem qe me esqesi do som “ch” .O som “ch” será reprezentado pela letra “x”.Alguém dix “csix” para dezinar o “x”? Ninguém, pois não ?
O “x” xama-se “xis”.Poix é iso mexmo qe fiqa .
Qomo podem ver, já eliminámox o “c”, o “h”, o “p” e o “u” inúteix, a tripla leitura da letra “s” e também a tripla leitura da letra “x” .
Reparem qomo, gradualmente, a exqrita se torna menox eqívoca, maix fluida, maix qursiva, maix expontânea, maix simplex .
Não, não leiam “simpléqs”, leiam simplex .
O som “qs” pasa a ser exqrito “qs” u qe é muito maix qonforme à leitura natural
No entanto, ax mudansax na ortografia podem ainda ir maix longe, melhorar qonsideravelmente .
Vejamox o qaso do som “j” .
Umax vezex excrevemox exte som qom “j” outrax vezex qom “g”- ixtu é lójiqu?
Para qê qomplicar ? ! ?
Se uzarmox sempre o “j” para o som “j” não presizamox do “u” a segir à letra “g” poix exta terá, sempre, o som “g” e nunqa o som “j” .
Serto ?
Maix uma letra muda qe eliminamox .
É impresionante a quantidade de ambivalênsiax e de letras inuteix qe a língua portugesa tem !
Uma língua qe tem pretensõex a ser a qinta língua maix falada do planeta, qomo pode impôr-se qom tantax qompliqasõex ?
Qomo pode expalhar-se pelo mundo, qomo póde tornar-se realmente impurtante se não aqompanha a evolusão natural da oralidade ?
Outro problema é o dox asentox.Ox asentox só qompliqam !
Se qada vogal tiver sempre o mexmo som, ox asentox tornam-se dexnesesáriox .A qextão a qoloqar é: á alternativa ?
Se não ouver alternativa, pasiênsia.
É o qazo da letra “a” .Umax vezex lê-se “á”, aberto, outrax vezex lê-se “â”, fexado .Nada a fazer.
Max, em outrox qazos, á alternativax .Vejamox o “o”: umax vezex lê-se “ó”, outrax lê-se “u” e outrax, lê-se “ô” .
Seria tão maix fásil se aqabásemox qom isso !qe é qe temux o “u” ?
Se u som “u” pasar a ser sempre reprezentado pela letra “u” fiqa tudo tão maix fásil !Pur seu lado, u “o” pasa a suar sempre “ó”, tornandu até dexnesesáriu u asentu.
Já nu qazu da letra “e”, também pudemux fazer alguma qoiza :quandu soa “é”, abertu, pudemux usar u “e” .
U mexmu para u som “ê” .Max quandu u “e” se lê “i”, deverá ser subxtituídu pelu “i” .
I naqelex qazux em qe u “e” se lê “â” deve ser subxtituidu pelu “a” .
Sempre. Simplex i sem qompliqasõex .
Pudemux ainda melhurar maix alguma qoiza: eliminamux u “til” subxtituindu, nus ditongux, “ão” pur “aum”, “ães” – ou melhor “ãix” - pur “ainx” i “õix” pur “oinx” .
Ixtu até satixfax aqeles xatux purixtax da língua qe goxtaum tantu de arqaíxmux.
Pensu qe ainda puderiamux prupor maix algumax melhuriax max parese-me qe exte breve ezersísiu já e sufisiente para todux perseberem qomu a simplifiqasaum i a aprosimasaum da ortografia à oralidade so pode trazer vantajainx qompetitivax para a língua purtugeza i para a sua aixpansaum nu mundu .
Será qe algum dia xegaremux a exta perfaisaum ?


…………………………………………………………………………

Caros leitores:


Este texto que vos trouxemos hoje foi, como viram, escrito por José Manuel Fernandes. Porque achamos que se trata de uma crítica muito bem feita e tão cheia de boa disposição, não resistimos a publicá-la no blog.
Muito se tem falado e escrito sobre o Acordo Ortográfico mas, deste modo, com tanto espírito humorístico, confessamos que ainda não encontramos nada igual. Os nossos sinceros parabéns ao seu autor e esperamos que tenham “gostado das sugestões apresentadas”…
(Recebido num e-mail
M.A



11/03/12

TEATRO NA SIMECQ – “ISTO VAI MEUS AMIGOS”



 O grupo de Teatro da Simecq apresentou-se de novo no palco do velhinho, mas sempre bonito, salão Nobre da Sociedade.
Ontem, dia 10 e Março, com a sala cheia, o pano de cena subiu, uma vez mais, para mostrar a quem lá se encontrava, que a Simecq continua viva, cheia de força e com a garra habitual para saber congregar, no mesmo palco, jovens e menos jovens, irmanados no mesmo espírito que a tem norteado ao longo dos anos. Desta vez o tema proposto seria uma chamada de atenção aos tempos que correm.
Como cena de abertura tivemos uma alegoria aos tempos áureos da nossa história:_ Os Descobrimentos. Mostrava-se “uma caravela sulcando as águas” e ouviram-se, declamadas, as oito primeiras estrofes dos Lusíadas:


«Às armas e os Barões assinalados
Que da Ocidental praia Lusitana,
Por mares nunca de antes navegados,
Passaram ainda além da Taprobana
Em perigos e guerras esforçados,
Mais do que permitia a força humana,
E entre gente remota edificaram
Novo Reino que tanto sublimaram;»











Depois todo o espectáculo se foi desenrolando numa análise crítica àquilo que podemos definir como a realidade dos nossos dias, em que cada um de nós encontra milhentas razões para descrer da capacidade de quem nos governa mas, como é também de tradição com um jeito impar, para vir falar delas sobre as tábuas de um palco… Foi um desfiar de alguns dos muitos problemas que nos afligem, sejam no sector da saúde, ou no da educação, passando pelo mau funcionamento da justiça, pelas políticas sociais e laborais, etc. etc.. Coisas muito sérias foram aqui ditas, por vezes num tom até um pouco brejeiro, mas que nem por isso lhes retirou o sentido da verdade que contêm.
Destaque especial para uma personagem designada, pela autora do texto como “personagem x”e, que atravessando todos os quadros sem pronunciar uma única palavra expressava, por mímica, sentimentos de concordância ou não, com os quais nós próprios nos íamos identificando e que completavam o sentido da cena que se representava.
Junto a este curto apontamento umas quantas despretensiosas fotos que fui fazendo ao longo da representação. Que elas tenham o mérito de vos abrir o apetite para, num dos próximos espectáculos, vos levarem também até à Simecq.

Tendo o espectáculo começado com Camões veio a terminar, na minha opinião também com uma óptima escolha, a incomparável “Pedra Filosofal” de António Gedeão, cuja letra é um eterno hino à esperança! Sempre que o homem sonha…
Falar de quem colabora na peça…não me atrevo…eles são tantos que, fatalmente, iria esquecer alguém e isso seria injusto. Cada um, a seu modo e dentro das possibilidades, creio que terá dado o seu melhor. Os meios são sempre escassos mas, o engenho ultrapassa todas as carências e…quando o sonho nasce a obra acaba sempre por surgir!

Todos merecem louvores e, portanto, a todos deixo aqui as minhas felicitações pelo bom resultado final de mais esta esforço comum. Com gente assim…”ISTO VAI (sempre) MEUS AMIGOS”! Parabéns , Simecq!

P.S.-Espectáculos de 10/3 até 21/4, todos os sábados, às 21,30 h (excepto na Páscoa)
M.A.


A ORIGEM DO CONTO DO VIGÁRIO



Vivia há já não poucos anos, algures, num concelho do Ribatejo, um pequeno lavrador, e negociante de gado, chamado Manuel Peres Vigário.

Da sua qualidade, como diriam os psicólogos práticos, falará o bastante a circunstância que dá princípio a esta narrativa. Chegou uma vez ao pé dele certo fabricante ilegal de notas falsas, e disse-lhe: «Sr. Vigário, tenho aqui umas notazinhas de cem mil réis que me falta passar. O senhor quer? Largo-lhas por vinte mil réis cada uma.» «Deixa ver», disse o Vigário; e depois, reparando logo que eram imperfeitíssimas, rejeitou-as: «Para que quero eu isso?», disse; «isso nem a cegos se passa.» O outro, porém, insistiu; Vigário cedeu um pouco regateando; por fim fez-se negócio de vinte notas, a dez mil réis cada uma.

Sucedeu que dali a dias tinha o Vigário que pagar a uns irmãos negociantes de gado como ele a diferença de uma conta, no valor certo de um conto de réis. No primeiro dia da feira, em a qual se deveria efectuar o pagamento, estavam os dois irmãos jantando numa taberna escura da localidade, quando surgiu pela porta, cambaleando de bêbado, o Manuel Peres Vigário. Sentou-se à mesa deles, e pediu vinho. Daí a um tempo, depois de vária conversa, pouco inteligível da sua parte, lembrou que tinha que pagar-lhes. E, puxando da carteira, perguntou se, se importavam de receber tudo em notas de cinquenta mil réis. Eles disseram que não, e, como a carteira nesse momento se entreabrisse, o mais vigilante dos dois chamou, com um olhar rápido, a atenção do irmão para as notas, que se via que eram de cem. Houve então a troca de outro olhar.

O Manuel Peres, com lentidão, contou tremulamente vinte notas, que entregou. Um dos irmãos guardou-as logo, tendo-as visto contar, nem se perdeu em olhar mais para elas. O vigário continuou a conversa, e, várias vezes, pediu e bebeu mais vinho. Depois, por natural efeito da bebedeira progressiva, disse que queria ter um recibo. Não era uso, mas nenhum dos irmãos fez questão. Ditava ele o recibo, disse, pois queria as coisas todas certas. E ditou o recibo – um recibo de bêbedo, redundante e absurdo: de como em tal dia, a tais horas, na taberna de fulano, e

«estando nós a jantar (e por ali fora com toda a prolixidade frouxa do bêbedo...), tinham eles recebido de Manuel Peres Vigário, do lugar de qualquer coisa, em pagamento de não sei quê, a quantia de um conto de réis em notas de cinquenta mil réis. O recibo foi datado, foi selado, foi assinado. O Vigário meteu-o na carteira, demorou-se mais um pouco, bebeu ainda mais vinho, e daí a um tempo foi-se embora.

Quando, no próprio dia ou no outro, houve ocasião de se trocar a primeira nota, o que ia a recebê-la devolveu-a logo, por escarradamente falsa, e o mesmo fez à segunda e à terceira... E os irmãos, olhando então verdadeiramente para as notas, viram que nem a cegos se poderiam passar.

Queixaram-se à polícia, e foi chamado o Manuel Peres, que, ouvindo atónito o caso, ergueu as mãos ao céu em graças da bebedeira providencial que o havia colhido no dia do pagamento. Sem isso, disse, talvez, embora inocente, estivesse perdido.

Se não fosse ela, explicou, nem pediria recibo, nem com certeza o pediria como aquele que tinha, e apresentou, assinado pelos dois irmãos, e que provava bem que tinha feito o pagamento em notas de cinquenta mil réis. «E se eu tivesse pago em notas de cem», rematou o Vigário «nem eu estava tão bêbedo que pagasse vinte, como estes senhores dizem que têm, nem muito menos eles, que são homens honrados, mas receberiam.» E, como era de justiça foi mandado em paz.

O caso, porém, não pôde ficar secreto; pouco a pouco se espalhou. E a história do «conto de réis do Manuel Vigário» passou, abreviada, para a imortalidade quotidiana, esquecida já da sua origem.

Os imperfeitíssimos imitadores, pessoais como políticos, do mestre ribatejano nunca chegaram, que eu saiba, a qualquer simulacro digno do estratagema exemplar. Por isso é com ternura que relembro o feito deste grande português, e me figuro, em devaneio, que, se há um céu para os hábeis, como constou que o havia para os bons, ali lhe não deve ter faltado o acolhimento dos próprios grandes mestres da Realidade – nem um leve brilho de olhos de Macchiavelli ou Guicciardini, nem um sorriso momentâneo de George Savile, Marquês de Halifax.

(Segundo informação que se pensa fidedigna, o texto foi escrito por Fernando Pessoa e publicado pela primeira vez no diário Sol, Lisboa, ano I, nº 1, de 30/10/1926, com o título de «Um Grande Português». Foi publicado depois no Notícias Ilustrado, 2ª série, Lisboa, 18/08/1929, com o título de «A Origem do Conto do Vigário».)



Nota da autora deste post:-Este texto foi recebido num e-mail e decidimos partilhá-lo com os nossos leitores. Esperamos que tenham gostado.
Já após ter saido  o post recebemos da amiga Clotilde Moreira a imagem da capa do livro da edição  publicada em 2007. Agradecemos a sua atenção no envio e vamos incluir a dita imagem  também aqui.
M.A.

09/03/12

MAYA PLISETSKAYA

Para quem não saiba, ou não se recorde de quem é este nome direi que ele pertence a Maya Plisetskaya Mikháilovna, uma notável bailarina russa, nascida em 20 de Novembro de 1925. Atingiu uma alta craveira no mundo da dança clássica a nível mundial, sendo até citada como sendo uma das maiores bailarinas do Sec XX..

Teve uma infância atribulada já que o seu pai foi executado por motivos políticos e, também, pelo facto de ser judeu e, a sua mãe foi enviada para um campo de trabalhos forçados, levando consigo um seu irmão, ainda bebé. Maya ficou com uma tia, a bailarina Sulamith Messerer, que a adoptou e que a orientou para seguir a mesma carreira.

Aos 11 anos dançou, pela primeira vez no Teatro Bolshoi e em 1943, já formada, ingressa no Ballet Bolshoi onde actuaria até 1990. A partir de 1960 atingiu o estatuto de primeira bailarina absoluta do Teatro Bolshoi, lugar que pertencera antes à grande Galina Ulanova.

Não obstante a sua enorme categoria profissional a sua presença, neste corpo de baile, era um tanto contestada pela sua ascendência judaica.

O compositor Rodion Shchedrin, que se tornou seu marido, escreveu para ela vários bailados que muito contribuíram também para o brilho da sua carreira.

Na década de 80, nomeado o seu marido director do Roma Opera Ballet eles passam dois anos em Roma (1984-1985) e depois, em Madrid, os anos de 1987-1989 no Ballet Nacional de Espanha.

Aposentou-se de solista do Ballet Bolshoi aos 65 anos, mas, ao comemorar o 70º aniversário estreou uma coreografia de Béjar que ele intitulou “Avé Maya e que fora inspirada nas obras de Johann Sebastian Bach e Charles Gounod

Desde 1994 que preside às competições anuais, internacionais de ballet, por sua influência denominadas “Maya” e, em 1996 foi nomeada Presidente do Ballet Imperial Russo.

Ao completar 80 anos, o Financial Times resumiu a opinião sobre a bailarina Maya com estas palavras: “Ela era, e ainda é uma estrela, monstre balé sacre, a declaração final do glamour do teatro, um farol flamejante num mundo semeado de talentos brilhantes, uma beleza no mundo da beleza”.

E, leitores, sabem ainda que em Agosto de 2008, já com 82 anos, no Festival Jardines de Cap Roig, em Gerona, nordeste de Espanha ela voltou a subir ao palco onde dançou de novo a coreografia de Béjart “Ave Maya”?

Na apresentação desta gala a artista sublinhou que “há que dançar a música e não segui-la”, acrescentando que o mais importante “é o estilo com que se dança”. “O bailado deve comover o coração e os sentimentos, tem de deixar uma emoção na alma. Na música não há só ‘o tempo’ mas também o conteúdo”.

E agora, é mais do que tempo de vos pedir o habitual clique aqui para o acesso ao vídeo de uma das mais brilhantes actuações de Maya Plisetskaya: “A morte do Cisne” do bailado “O lago dos cisnes” de Tchaikovsky.
E um novo clique aqui leva-vos ao “Ave Maya)

(Informação e foto retiradas da Net)
M.A.

07/03/12

VINTE CONSELHOS DAS UNIVERSIDADES DE MEDICINA



Harvard e Cambridge publicaram um compêndio com 20 Conselhos saudáveis para
melhorar a qualidade da dua vida de forma prática e habitual :

1- Um copo de sumo de laranja diariamente vai aumentar o ferro e repor a vitamina C.
2- Salpicar o café com canela mantém baixo o colesterol e estáveis os níveis de açúcar no sangue.
3- Trocar o pãozinho tradicional por pão integral. Este, tem 4 vezes mais fibra, 3 vezes mais zinco e quase 2 vezes mais ferro do que o pão branco.
4- Mastigar os vegetais por mais tempo. Isto aumenta a quantidade de químicos anti cancerígenos existentes no corpo. Mastigar liberta sinigrina. E quanto menos se cozinharem os vegetais, melhor efeito preventivo têm.
5- Adoptar a regra dos 80%: servir-se menos 20% da quantidade de comida que costuma ingerir, evita transtornos gastrointestinais, prolonga a vida e reduz o risco de diabetes e ataques de coração.
6- Comer laranjas. O futuro está na laranja, que reduz em 30% o risco de câncer de pulmão.
7- Fazer refeições com as cores do arco-íris . Comer diariamente, uma variedade de vermelho, laranja, amarelo, verde, roxo e branco em frutas e vegetais, cria uma melhor mistura de antioxidantes, vitaminas e minerais.
8- Comer pizza, macarronada ou qualquer outra coisa com molho de tomate. Mas escolha as pizzas de massa fininha. O Licopeno, um antioxidante dos tomates pode inibir e ainda reverter o crescimento dos tumores; e por outro lado é mais absorvido pelo corpo quando os tomates estão em molhos para massas ou para pizza .
9- Limpar a sua escova de dentes e trocá-la regularmente . As escovas podem espalhar inúmeros germes. Assim, é recomendável lavá-las com água quente pelo menos quatro vezes por semana, sobretudo após doenças. Aproveite, por exemplo, o banho no chuveiro. Devem ser mantidas separadas das escovas de outros familiares.
10- Realizar actividades que estimulem a mente e fortaleçam a sua memória...
Faça alguns testes ou quebra-cabeças, palavras cruzadas, sudoku, aprenda um
idioma, alguma habilidade nova... Leia um livro e memorize parágrafos;
escreva, estude, aprenda. Sua mente agradece e os seus amigos também, pois é sempre mais
interessante conversar com alguém que tem assunto.
11- Usar o escovilhão e o fio dental nos dentes e não mastigar chicletes .
Acreditem ou não, uma pesquisa deu como resultado que as pessoas que
mastigam chicletes têm mais possibilidade de sofrer de arteriosclerose, pois
tem os vasos sanguíneos mais estreitos, o que pode favorecer um ataque do
coração. Usar fio dental pode acrescentar seis anos à sua idade biológica
porque remove as bactérias que atacam aos dentes e o corpo.
12- Rir. Uma boa gargalhada é um pequeno exercício físico: 100 a 200 gargalhadas
equivalem a 10 minutos de corrida. (vou começar a contar anedotas a mim
próprio!) Baixa o stress e acorda células naturais de defesa e os anticorpos.
13- Não descascar legumes e frutos antecipadamente.
Os vegetais ou frutas, sempre frescos, devem ser cortados e descascados na
hora em que vão ser consumidos. Isso aumenta os níveis de nutrientes contra o
câncer. Sumos de frutos devem ser tomados logo após serem preparados.
14- Ligar para seus pais/parentes de vez em quando. Um estudo da Faculdade de Medicina de Harvard concluiu que 91% das pessoas que não mantém um laço afectivo com seus entes queridos, desenvolvem alta pressão, alcoolismo ou doenças cardíacas em idade temporã .
15- Desfrutar de uma xícara de chá. O chá comum contém menos níveis de antioxidantes que o chá verde e, beber uma só xícara diária desta infusão diminui o risco de doenças coronárias. Cientistas israelitas também concluíram que beber chá aumenta a sobre vida depois de ataques ao coração.
16- Ter um animal de estimação. As pessoas que não têm animais junto de si sofrem mais de stress e visitam o médico mais vezes, dizem os cientistas da Cambridge University. Os animais de companhia vão fazê-lo sentir-se optimista, relaxado e isso baixa a pressão do sangue. Os cães são considerados os melhores, mas até um peixinho dourado pode fazer a diferença.
17- Colocar tomate ou verdura frescas nas sanduíches. Segundo cientistas da Harvard Medical School, uma porção de tomate por dia baixa o risco de doenças coronárias em 30%,; outras vantagens são conseguidas através de verduras frescas.
18- Reorganizar o frigorífico. As verduras em qualquer lugar de sua geladeira perdem substâncias nutritivas, porque a luz artificial do equipamento destrói os flavonóides que combatem o câncer e todos vegetais o tem. Por isso, o melhor será usar as gavetas inferiores do frigorífico ou guardá-las em caixas plásticas escuras e bem fechadas.
19- Comer como um passarinho. As sementes de girassol e as sementes de sésamo, nas saladas e cereais são nutrientes e antioxidantes. Comer nozes entre as refeições reduz o risco de diabetes.
20- Uma banana por dia quase dispensa o médico, vejamos: " Pesquisa da Universidade de Berkeley" informa que a banana previne a anemia, a tensão arterial alta, melhora a capacidade mental, cura ressacas, alivia a azia, acalma o sistema nervoso, alivia TPM, reduz o risco de enfarto, e algumas outras coisas mais. Então, é ou não é um remédio natural contra várias doenças?

Por último, um mix de pequenas dicas para prolongar saudavelmente a vida:

--Comer chocolate.
Duas barras por semana prolongam a vida por um ano. O amargo é fonte de ferro, magnésio e potássio...
--Pensar positivamente . Pessoas optimistas podem viver até 12 anos mais que os pessimistas, que, além disso, apanham gripes e resfriados mais facilmente, são mais amargos e por conseguinte menos queridos.
--Ser sociável.
Pessoas com fortes laços sociais ou redes de amigos têm vidas mais saudáveis que as pessoas solitárias ou que só têm contacto com a família.
--Conhecer-se a si mesmo . Os verdadeiros crentes e aqueles que privilegiam, o 'ser' mais do que o 'ter' têm 35% de probabilidade de viver mais tempo, e de ter melhor qualidade de vida...

Uma vez incorporados, os conselhos, facilmente se tornam hábitos...
É exactamente o que diz uma certa frase de Séneca(contemporâneo de Cristo):
Esqueça os maus hábitos."Crie bons hábitos e torne-se escravo deles” que só terá a ganhar com isso.

(Recebido num e-mail)
M.A.

05/03/12

SABE O QUE É O SINCELO?

Há uma velha máxima que diz que "O saber não ocupa lugar" e, dentro deste princípio, se quem nos lê respondeu negativamente à pergunta inicial peço que clique aqui para, imediatamente,  ficar a perceber o que significa. Eu própria desconhecia isto e, quando me chegaram, num mail, estas imagens espectaculares, fotografadas, segundo dizem, no sul da China, fiquei logo com vontade de as partilhar convosco.
Na pesquisa que fiz lí que, em Portugal, apenas na zona de Trancoso é que este fenómeno tem ocorrido.
A Natureza é uma fonte constante de maravilhosas surpresas  e estas que agora estão perante os nossos olhos deixaram-me deslumbrada.
Espero que os nossos leitores também tenham gostado .
M.A.

03/03/12

ISABEL ALLENDE – JORNALISTA? ESCRITORA? ACTIVISTA? ACIMA DE TUDO MULHER


Hoje, trazemos a este blog a figura da chilena Isabel Allende através de uma palestra sua e também de uma entrevista que deu a um português.

A palestra foi proferida em Monterey, na Califórnia em fins de 2006, princípios de 2007 mas, penso que ainda nos dias de hoje tem bastante actualidade. Clicando aqui, pode o leitor ou leitora ter acesso ao vídeo e estou certa de que irá gostar do que esta mulher diz e, sobretudo, da forma despretensiosa como o diz.
O segundo vídeo, diz respeito a uma entrevista feita por Manuel Luís Goucha, em Madrid, julgo que em Novembro de 2011, para o programa da TVI “Controversos”. Como de costume, para o visualizar, os leitores apenas terão que clicar aqui.

Num e noutro vídeo são abordados diversos temas importantes , nomeadamente alguns daqueles mais relacionados com a vida das mulheres, espalhadas pelas cinco partes do mundo. Também o problema da droga não foi esquecido.    Vieram à conversa assuntos políticos e pessoais, uns mais sérios, outros mais ligeiros; foram feitas perguntas e mais perguntas…umas de carácter literário, algumas de carácter familiar e, a tudo Isabel foi respondendo com aquela franqueza que lhe é tão característica e, sem esquecer nunca de acentuar, aqui e além a importância que, para si tem, no dia a dia a inclusão do amor, que ela classifica, com certa graça, como sendo “a textura da vida”. Aliás é dela  esta frase bastante divulgada: _«O coração é o que nos motiva e determina o nosso destino.»

No final, o entrevistador oferece, à sua convidada uns bonitos brincos, do Minho, trabalhados na nossa tradicional filigrana. Foi notória a satisfação com que Isabel lhes pegou e, imediatamente, os colocou nas suas orelhas. Ao mesmo tempo, retirava do pescoço um colar que trazia, com o intuito, disse, de realçar mais ainda a beleza daqueles brincos que acabava de receber. Este, foi um gesto de grande sensibilidade e caracteristicas nitidamente femininas, com que Isabel Allende decidiu agradecer o presente de M.L.Goucha.
Até breve leitores, com um qualquer outro tema.
M.A.

01/03/12

OS ANIMAIS DE NOVO AQUI PRESENTES

Sting e Zara


Sem dúvida que, de vez em quando, eu lá caio na tentação de falar dos nossos amigos de quatro patas e, não vos minto, dizendo que é sempre com prazer que o faço.
Surgiu há pouco tempo,enviado por um amigo, no meu pc,  um comovente vídeo onde são mostrados reencontros de cães com os seus donos, regressados de uma missão militar num país distante. Foi impressionante ver como, sem palavras, apenas com expressões de carinho e alegria aqueles animais mostravam a sua  satisfação por reverem aquele dono que de um momento para o outro se afastara deles, sem que lhes fosse dado, mesmo, perceber porquê. Apenas contou para eles o regresso daquele ser humano ao seu convívio e tudo o mais foi esquecido.

Numa escala “mais caseira”, a semana passada eu vivi também momentos semelhantes. Precisei de me deslocar a casa da filha, onde não ia já há algum tempo e, mal entrei a porta, fui literalmente “abalroada por dois bulldozers de cor preta”. Eram oito patas em turbilhão, dois focinhos desenfreados em empurrões e lambedelas, tudo acompanhado com latidos de satisfação em vários tons . Resolvi, pura e simplesmente, submeter-me, ajoelhar-me no chão e entrar na confusão canino-humana, usufruindo, em pleno, daquela recepção tão espontânea. De pé, a empregada doméstica, uma caboverdeana cuja pele escura contrasta com “a brancura” dos sentimentos que vem demonstrando há já vários anos, abria-se num sorriso bem humorado, acredito que... divertida com a pouca compostura da mãe da sua patroa…

Quem venha acompanhando este blog já percebeu que estive a falar da Zara e do Sting, que, nascidos em 2008 no Alentejo, “emigraram” depois para cá. Quem os desconheça ou queira recordar quem são, faça favor de clicar aqui para entrar na história deles.
Entretanto, deliciem-se com mais este vídeo que recebi num e-mail.
M.A.
Sociedade de Instrução Musical e Escolar Cruz Quebradense

Localização

Localização
Localização