Como tudo começou

28/03/12

FALANDO DE ÁRVORES E NÃO SÓ


Pelo ramo materno descendo de uma família de lavradores e sempre dei conta do amor que o meu avô tinha pela plantação e cultivo de árvores de fruto. Nas suas deambulações pela aldeia, se numa valeta uma pequena semente tivesse germinado, fazendo nascer um caule e meia dúzia de folhas, nos quais ele reconhecesse uma fruteira qualquer, era certo e sabido que logo a trazia, agarrada ao torrão, para que as raízes não sofressem com a mudança de local.

Na quinta onde morava existia portanto uma grande variedade de fruteiras e ele sabia a história de cada uma delas e explicava as enxertias que lhes fizera para que viessem a produzir determinada variedade de fruto. Inclusivamente teve paciência para me ensinar a executar alguns dos enxertos que se usavam e que, mais tarde, orgulhosamente, eu via “pegarem”, como se dizia na altura.

Ali, num pequeno jardim, com um lago ao centro havia até uma citrina que curiosamente, em cada galho, dava diferentes espécies de fruto:_laranjas, limões, limas doces e tangerinas…

Esta incursão ao baú das minhas recordações surgiu por me terem chegado, num e-mail, estas fotos que estou a partilhar convosco.

Alguém, com conhecimentos e bastante paciência, soube transformar o caule de uma árvore numa confortável cadeira. Como diria o nosso saudoso Fernando Pessa:_ E esta hein?

M.A.

1 comentário:

Quica disse...

A MA tem uma inesgotável fonte de sabedoria, até enxertos de árvores. E esta hein?

Quanto ao post; uma cadeira feita de um tronco de árvore, é uma ideia brilhante.

Sociedade de Instrução Musical e Escolar Cruz Quebradense

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