Como tudo começou

30/05/12

ESTAR SOZINHO





As relações afectivas estão passando
por transformações profundas e revolucionando
o conceito de amor.
As relações afectivas estão passando
por transformações profundas e revolucionando
o conceito de amor.
A idéia de uma pessoa
ser o remédio para nossa felicidade
está condenada a desaparecer.
Hoje busca-se uma relação compatível
com os tempos modernos, onde exista
individualidade, respeito, alegria e prazer
de estar junto.
Não mais uma relação de dependência,
onde se responsabiliza o outro pelo nosso bem-estar.
O amor romântico parte da premissa
de que somos uma fracção
e precisamos encontrar a nossa outra metade
para nos sentirmos completos.
Muitas vezes ocorre um processo
de despersonalização que atinge mais a mulher.
Ela abandona as suas características
e amalgama-se ao projecto masculino.
A teoria da ligação entre opostos vem dessa raiz,
onde o outro tem de saber fazer o que eu não sei.
Se sou manso, ele deve ser agressivo,
e assim sucessivamente.
Uma idéia prática de sobrevivência,
mas pouco romântica.
A palavra de ordem é parceria.
Estamos trocando o amor de necessidade,
pelo amor de desejo.
Gosto e desejo uma companhia, mas dela prescindo.
O avanço tecnológico exige mais tempo individual
e as pessoas estão perdendo o pavor
de ficarem sozinhas; estão aprendendo a conviver melhor
consigo mesmas.
Estão começando a perceber que são fracção,
mas se sentem inteiras.
O outro, com o qual se estabelece um elo,
também se sente uma fracção.
Não é príncipe ou salvador de coisa nenhuma;
apenas companheiro de viagem.
O homem é um animal que vai mudando o mundo e,
depois, tem de se reciclar para se adapatr ao mundo
que criou.
Entramos na era da individualidade e não do egoismo .
O egoísta não tem energia própria;
Alimenta-se da energia do outro,
quer ela seja financeira ou moral.
A nova forma de amor tem nova forma e novo significado.
Não une mais duas metades; aproxima dois inteiros.
Ela só é possível para quem consegue trabalhar a sua individualidade.
Quanto mais competente se sinta para viver sozinho,
mais preparado estará para uma boa relação afectiva
A solidão é boa.
Ficar sozinho não é vergonhoso, pelo contrário, dá dignidade.
As boas relações afectivas são óptimas e parecidas
com o ficar sozinho.
Nenhum exige do outro e ambos crescem.
Relações de dominação e de concessões
exageradas são coisas do passado.
Cada cérebro é único e nosso modo de pensar
e agir não é referência para avaliar ninguém.
Muitas vezes pensamos que o outro é nossa alma gémea;
na verdade o que fizemos foi apenas inventá-lo ao nosso gosto.
Todos deveriam ficar sós de vez em quando
para dialogar internamente e descobrir sua força pessoal.
Na solidão entendemos que a harmonia
e paz de espírito só podem ser encontradas dentro de nós;
não à partir do outro.
Ao perceber isso tornamos- nos menos críticos e
mais compreensivos quanto às diferenças,
respeitando a maneira de ser de cada um.
O amor de duas pessoas inteiras é bem mais saudável.
Nesse tipo de ligação, há aconchego,
prazer nessa companhia e respeito pelo ser amado.
Nem sempre é suficiente ser perdoado.
Algumas vezes temos de nos perdoar.




Nota da autora do post:- Estas reflexões chegaram–me sob a forma de um mail sem indicação do seu autor, razão pela qual não é mencionado. Quem quer que ele seja parece-me que analisou o asunto de uma forma interessante o que me levou, portanto, a trazê-lo ao conhecimento dos nossos leitores. Espero que gostem. M.A.

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