Como tudo começou

21/09/13

CZARDAS DI MONTI




Vittorio Monti foi um compositor e maestro italiano nascido em Nápoles em 6 de Janeiro de 1868 e falecido no dia 20 de Junho de 1922.
Estudou música no Conservatório di San Pietro a Majella e, mais tarde, fixou-se em Paris, já como condutor de orquestra.
Cerca de 1904 escreveu uma inspirada música que intitulou de Czardas, talvez aquela  que mais fama lhe deu no mundo inteiro e que, quando alguém a nomeia sempre lhe acrescenta o nome do seu autor. É que czardas há muitas mas, as  Czardas de Monti são realmente uma peça única que, uma vez ouvida  ninguém  mais esquecerá.

Elas estão, até, ligadas à minha infância, com um episódio um tanto curioso.
À época, o  nosso tempo de praia era  passado na Figueira da Foz e o  meu pai gostava muito do café que era servido no chamado “Casino Oceano”, instalado num lindo edifício do centro do Bairro Novo, o qual há dois anos atrás ainda lá encontrei e gostei de rever.  Nesse café havia um quarteto (ou quinteto?) onde actuava um  saxofonista de muita qualidade.
Acontece que, um certo dia, o meu pai me encarregou de ir, junto dos músicos,  com um pedido seu para  que tocassem as Czardas de Monti e, não tardou muito, que o pedido fosse satisfeito, com muito agrado nosso e creio que dos restantes assistentes. Depois, em todos os dias que se seguiram, mal a nossa família ali entrava, pouco depois  soavam os acordes da mesma música. O mistério desta contínua deferência foi explicado, um dia, por um dos empregados de mesa:
-Ao que parece, o meu pai teria algumas semelhanças físicas com o, na altura,  embaixador português em Marrocos e por essa entidade o haviam tomado, procurando assim homenageá-lo sempre que nós chegávamos.
Bom, mas esta pequena história serviu  apenas como aperitivo de uma maravilhosa interpretação das Czardas de Montique  hoje vos trago e que também ouvireis ao clicar aqui.
Tem a particularidade de ser magistralmente executada por doze pianistas mas que, imaginem, usam um só instrumento !
A música é uma das artes infinitamente versátil e somos surpreendidos, por vezes, com  as mais variadas interpretações. Esta é mais uma das mais curiosas que tenho visto  mas que  não interfere nada com a qualidade que se deseja. Ouçam, pois e digam de vossa justiça, leitores.

M.A.  

15/09/13

FALEMOS DOS ACORDOS ORTOGRÁFICOS



TEXTO:
 
Quando eu escrevo a palavra acção, por magia ou pirraça, o computador retira automaticamente o C na pretensão de me ensinar a nova grafia.
De forma que, aos poucos, sem precisar de ajuda, eu próprio vou tirando as consoantes que, ao que parece, estavam a mais na língua portuguesa.
Custa-me despedir-me daquelas letras que  tanto fizeram por mim.
São muitos anos de convívio.
Lembro-me da forma discreta e silenciosa como todos estes CCC's e PPP's me acompanharam em tantos textos e livros desde a infância.
Na primária, por vezes gritavam ofendidos na caneta vermelha da professora:  - não te esqueças de mim!
Com o tempo, fui-me habituando à sua existência muda, como quem diz, sei que não falas, mas ainda bem que estás aí.
E agora as palavras já nem parecem as mesmas.
O que é ser proativo?
Custa-me admitir que, de um dia para o outro, passei a trabalhar numa redação, que há espetadores nos espetáculos e alguns também nos frangos, que os atores atuam e que, ao segundo ato, eu ato os meus sapatos.
Depois há os intrusos, sobretudo o R, que tornou algumas palavras arrevesadas e arranhadas, como neorrealismo ou autorretrato.
Caíram hifenes e entraram RRR's que andavam errantes.
É uma união de facto, e  para não errar tenho a obrigação de os acolher como se fossem família. Em 'há de' há um divórcio, não vale a pena criar uma linha entre eles, porque já não se entendem.
Em veem e leem, por uma questão de fraternidade, os EEE's passaram a ser gémeos, nenhum usa ( ^^^) chapéu.
E os meses perderam importância e dignidade; não havia motivo para terem privilégios. Assim, temos  janeiro, fevereiro, março, são tão importantes como peixe, flor, avião.
Não sei se estou a ser suscetível, mas sem P, algumas palavras são uma autêntica deceção, mas por outro lado é ótimo que já não tenham.
As palavras transformam-nos.
Como um menino que muda de escola, sei que vou ter saudades, mas é tempo de crescer e encontrar novos amigos.
Sei que tudo vai correr bem, espero que a ausência do C não me faça perder a direção, nem me fracione, e nem quero tropeçar em algum objeto.
Porque, verdade seja dita, hoje em dia, não se pode ser atual nem atuante com um C a atrapalhar.
Só não percebo porque é que temos que ser NÓS a alterar a escrita, se a LÍNGUA É NOSSA ...? ! ? ! ?
   


Os ingleses não o fizeram, os franceses desde 1700 que não mexem na sua língua e porquê nós ?
Será que não pudemos, com a ajuda da troika, recuperar do deficit na nossa língua ?
Ou atão deichemos que os 35 por cento de anal fabetos fassão com que a nova ortografia imponha se bué depréça !



Nota da autora do post: - A forma de escrever que me foi ensinada quando, em criança, frequentei a escola primária é aquela que ainda hoje mantenho e que tenciono continuar a usar. Discordo em absoluto do novo acordo ortográfico que nos querem impor. Ao receber  este texto,  num e-mail, não resisti à tentação de o trazer aos nossos leitores. Vinha sem o nome do seu autor mas, mesmo assim, a esse (a) desconhecido (a), eu felicito pelo sentido de humor que encontrou para comentar as duas formas de escrever e, tornar bem evidente como o sentido do texto se altera completamente, quando as palavras aparecem escritas de uma ou de outra forma. Acho que soube dizer coisas muito acertadas,  ao mesmo tempo que nos deixou com  um sorriso nos lábios. 
As três frases, em cor diferente, que aparecem entre o  texto principal e esta nota penso serem de alguém que, antes mim, o recebeu e comentou  deste modo também jocoso. Resolvi portanto deixá-las  ficar também.

M.A. 

08/09/13

JÁ OITO BOMBEIROS MORTOS, ESTE ANO, EM FOGOS FLORESTAIS



“Todos iguais, todos diferentes” foi o título que acompanhou estas imagens, que achei  
oportuno partilhar convosco. Foram-me enviadas por um amigo e entendo que servem para nos  levar, mais uma vez  a reflectir.







Desde o ano de 1986 que não se registava um número tão elevado de bombeiros vitimados em incêndios florestais.
Qualquer vida humana é importante e preciosa mas, quando a morte vem surpreender quem está numa missão de salvaguarda dos bens dos seus semelhantes e nem sempre tem ao seu dispor todos os meios considerados essenciais e adequados ao risco que enfrenta…mais triste isso se torna.

A nossa homenagem a estes oito seres humanos desaparecidos. Que descansem em paz e, com o sentido do dever cumprido.
E bem haja a todos, os outros,  homens e mulheres, que continuam , com enorme esforço, abnegação e muita coragem, prestando auxílio, num  exemplo de vida ímpar.

M.A.

05/09/13

Apresentação época 2013/2014 Cultural e Desportiva dia 7 de Setembro, no pavilhão da SIMECQ


Convidamos os nossos sócios, simpatizantes, encarregados de educação, atletas, treinadores, monitores / professores das diferentes actividades da SIMECQ a estarem presentes no dia 7 de Setembro para o arranque oficial Época 2013/2014.


Programa: 

   9h30     1º Treino de Mini Basquetebol nos escalões Sub 8,  Sub 10 e Sub 12
 11h30    Breve apresentação das equipas técnicas de Basquetebol e   
                principais  objetivos  para  a época 2013/2014 
12h00   Apresentação das actividades culturais e lúdicas para esta época:
   


  Aikido
  Atelier Artes
  Ballet
  Danças Contemporâneas
  Escola Musica
  Fitness
  Pilates
             Tango
 Teatro
12h30   Almoço Pic-Nic na esplanada da SIMECQ

Venha conhecer as nossas actividades, participe na vida da colectividade!

fc  

Sociedade de Instrução Musical e Escolar Cruz Quebradense

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