Como tudo começou

18/03/14

EXPOSIÇÃO DO ATELIER DE ARTES DA SIMECQ




É com imenso prazer que estamos a anunciar junto dos nossos leitores e outro público em geral, mais uma exposição de pinturas executadas no Atelier de Artes  da SIMECQ.

Desta vez, o local escolhido foi a galeria do Central Park,em Linda a Velha, onde esperaremos pela vossa visita, entre os dias 5 de Abril e 31 de Maio de 2014. Pensamos que darão por bem empregue uma ida até lá pois a diversidade de arte que ali  estará patente é forte motivo para cada um descobrir algo que esteja de acordo com o seu próprio gosto.

A SIMECQ  e, toda a equipa que ali trabalha, continuam empenhadas  em honrar os propósitos que sempre as orientaram ao longo de toda a sua existência.


Anotem pois, na vossa agenda, mais este evento.  A SIMECQ agradece a vossa visita.
M.A/FC

11/03/14

LISBOA -O SINAL DE TRÂNSITO MAIS ANTIGO DA CIDADE




Uma curiosidade histórica.


Sabem onde fica em Lisboa o sinal de trânsito mais antigo da cidade?

Na Rua do Salvador, n.º 26, em Alfama. Junto segue uma foto, mas antes leiam esta descrição:
É uma placa que data de 1686 e foi mandada afixar por D. Pedro II para orientar os coches que passavam por esta rua estreita.
Diz assim: "Ano de 1686. Sua Majestade ordena que os coches, seges e liteiras que vierem da Portaria do Salvador recuem para a mesma parte". Ou seja, o coche que vem de cima perde prioridade em relação ao coche que vem de baixo.
Esta rua, que foi muito importante há 4 séculos, quando ligava as portas do Castelo de São Jorge à Baixa, é, hoje em dia, uma pequena travessa, infelizmente cheia de prédios arruinados (como tantas outras nas redondeza), entre a Rua das Escolas Gerais e a Rua de São Tomé.   A meio da pequena subida há um edifício, fora do alinhamento dos restantes, que a estrangula.
No tempo de D. Pedro II este estreitamento era causa de muitas discórdias entre os carroceiros que subiam ou desciam a rua.   Se dois se encontrassem a meio, nenhum cedia passagem, uma vez que era tarefa difícil fazer recuar os animais.   Houve mesmo lutas e duelos, com feridos e mortos.
Para evitar tais discórdias, foi publicado então um édito real e afixada esta placa no local, estabelecendo a prioridade a respeitar em tal situação.

P.S. –Esta curiosidade foi-me enviada por uma querida amiga que vive  em Évora. Eu desconhecia e, portanto, tenho todo o gosto em aqui partilhar com os nossos leitores mais este bocadinho da nossa História.

M.A.

01/03/14

FRANCISCO É UM PAPA TODO O TERRENO


O Papa Francisco tem vindo a surpreender cada um de nós por um comportamento, bastante inusitado, se comparado com o dos seus antecessores. Desde o início do seu papado que ele se distanciou daquela pompa e circunstância que estávamos habituados a ver nas  reportagens  do Vaticano.
Tanto quanto lhe é possível, é vê-lo aligeirar o cerimonial que rodeia a sua pessoa procurando aproximar-se mais da simplicidade de um qualquer homem comum. Começou, desde logo, após a eleição, quando se  apresentou ao povo, na varanda do  Vaticano apenas com as vestes brancas. Depois,  a escolha do  anel conciliar e cruz peitoral que usa, são ambos  muito simples, manufacturados apenas com  prata. A cruz que passou a usar  como papa é precisamente  a mesma que o acompanhou como Cardeal.
Pode ser que um dia venhamos falar, mais detalhadamente, desta cruz, aqui no blog, explicando  o significado dos vários pormenores que nela aparecem. Para já, deixamos apenas uma chamada de atenção para  o Cristo que nela aparece  esculpido, o qual não  está crucificado e é, pelo contrário, um Cristo vivo junto do seu rebanho. Reparem na imagem aqui deixada.


Francisco optou, também,  por continuar a viver na Casa de Hóspedes de  Santa Marta e não se mudar para os aposentos do Vaticano, privilegiando   assim o convívio com os  amigos e dispensando a pomposa solidão, que decerto o esperava, nos aposentos pontifícios.

Não há muito tempo tivemos oportunidade de ver um filme, cheio de ternura, que mostrava uma criança a avançar e a aproximar-se do Papa Francisco que, sobre um estrado, falava numa cerimónia qualquer. Quando, alguém do protocolo pretendeu retirar o garoto, este agarrou-se com mais força ainda  às vestes do Papa. Logo, Francisco, sem perder o fio ao discurso, pousou a sua mão direita, sobre a cabeça do pequenito, aconchegando-o a si, dando-lhe, deste modo, o “salvo conduto” preciso  para continuar onde queria. Acreditamos que este miúdo jamais irá esquecer este encontro nem o carinhoso  acolhimento que recebeu de Francisco.


 Há dias, falou-se  na Tv que ele decidira renovar o seu passaporte argentino. Como qualquer cidadão comum e lá apareceu ele na foto do documento, todo sorridente,  de sotaina branca e solidéu na cabeça.

Já a seguir,  deixamos um apontamento de Aura Miguel (Jornalista portuguesa muito ligada ao Vaticano) que descreve mais um divertido episódio com o nosso descontraído amigo Bergoglio, no qual é patente, uma vez mais, o propósito de  não abdicar de marcar a diferença, não se condicionando nem a protocolos, nem a regras que  entenda não serem necessários à missão que desempenha:

Os croissants mornos do Papa
 É assim este Papa: terno e atencioso com todos. E tão depressa leva bolos quentes ao seu vizinho Ratzinger, como não hesita em pegar no telefone e dar os parabéns aos seus amigos.
 A sala de refeições da Casa Santa Marta, outrora com pouco movimento, agora está sempre cheia. As mesas raramente têm lugares livres desde que Francisco optou por viver na famosa casa de hóspedes do Vaticano. É que entre os comensais está o próprio Papa. Ao lado do refeitório principal há uma sala reservada para convidados especiais, mas, na maioria dos casos, Francisco prefere tomar as refeições na sala grande, junto dos outros hóspedes.
 A mesa do Papa é sempre a mesma e está colocada a um canto da sala, mas já aconteceu o sucessor de Pedro sentar-se de surpresa num lugar vago de outras mesas, conversando de surpresa e animadamente com os outros comensais. O serviço, tipicamente italiano, inclui primeiro e segundo pratos, mas – tal como os outros hóspedes - Francisco levanta-se para ir ao "buffet" servir-se de salada e outros acompanhamentos e, sempre que passa entre as mesas, não resiste e mete conversa com quem está sentado.
 Quem vive na Casa Santa Marta garante que o clima é muito cordial e bem-disposto. Mas os homens da segurança têm agora mais dores de cabeça, porque a rotina não encaixa no "estilo Bergoglio" e, por isso, nunca se sabe o que pode acontecer.
 Há dias, durante o pequeno-almoço, o Papa não estava na sua mesa habitual, nem em qualquer outro lado. Começou a gerar-se uma grande agitação, com vários homens de fato escuro e agentes de segurança enervados a passar revista a toda a casa. Onde estava o Papa? Por onde se teria metido? Toda a gente foi interrogada, a casa passada a pente fino, mas nada! Depois de uns valentes minutos de angústia, descobriram-no finalmente. Bergoglio caminhava pelo jardim, com passada decidida e um saco de papel na mão. Quando finalmente os homens da segurança lhe falaram do susto devido à sua ausência inesperada, Francisco riu-se e explicou que ia ao mosteiro Mater Ecclesia, onde vive Bento XVI, levar-lhe uns croissants mornos, "acabadinhos de fazer, como ele gosta".
 É assim este Papa: terno e atencioso com todos. E tão depressa leva bolos quentes ao seu vizinho Ratzinger, como não hesita em pegar no telefone e dar os parabéns aos seus amigos e, se não atendem, deixa afectuosos recados no voicemail do telemóvel. Dedica mais horas a saudar, abraçar e beijar pessoas de todas as idades do que a falar e a ler discursos. Preocupa-se sobretudo com o lado humano e concreto das pessoas com quem se cruza, ao ponto de ter pedido à mãe de um bebé acabado de beijar que lhe pusesse um chapéu porque tinha a cabeça muito quente, ou ainda, no caso de um outro pequenino que chorava com fome, devolveu-o à mãe para ela amamentar o bebé, mesmo ali, na Praça de São Pedro! E como é um Papa "todo-o-terreno", tão preocupado com o quotidiano da vida terrena quanto o é com a vida eterna e salvação de cada um, a misericórdia é talvez a sua palavra preferida, porque remete para a esperança e alegria.
 Se pudesse, Francisco gostaria de abraçar todos, "com amor e ternura como fazem as mães" – tal como explicou numa entrevista, arqueando os braços como se segurasse um bebé – porque "é assim que deve ser a Igreja: dar carinho, cuidar e abraçar". E não é este também o melhor retrato de Francisco?
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Por mim estou de acordo. O somatório de tudo quanto se vai observando é mesmo um maravilhoso retrato de Francisco. A Igreja Católica só tem a ganhar com esta simplicidade e maneira de actuar do Papa actual.
 Desejamos-lhe longa vida e,  de todo o coração que ele consiga levar a sua missão até ao fim. Que não surjam contratempos  no seu caminho, que o impeçam de  continuar neste ritmo, cheio de bondade, descontracção, simplicidade, determinação e sobretudo um excelente bom humor como tem demonstrado.                                                                                 M.A.                


Sociedade de Instrução Musical e Escolar Cruz Quebradense

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